A média diária da realização de testes de diagnóstico do vírus SARS-CoV-2, atingiu nesta primeira semana de julho, o valor mais alto desde o início da pandemia.
Este dado foi avançado pela ministra da Saúde, Marta Temido, em audição na Assembleia da República.
“A campanha de testagem tem sido reforçada. Nestes poucos dias de julho, a média diária de testes é a mais alta desde o início da pandemia, também acima de janeiro”, disse Marta Temido aos deputados presentes na Comissão de Saúde.
Questionada pelo deputado do PSD, Ricardo Batista Leite, sobre o não cumprimento da anunciada capacidade de realização de 100 mil testes por dia, e sobre a sua sugestão em atribuir a supervisão do processo de testagem aos militares, Marta Temido defendeu a preferência pela aposta na rede laboratorial.
“Quanto à testagem, somos interdependentes. Nunca recusaremos utilizar as soluções que sejam mais úteis para os portugueses e temos melhorado a capacidade de testagem. Estamos disponíveis para trabalhar com todos, embora acredite que, mais do que ninguém, os parceiros nesta área sejam os laboratórios”, indicou.
Sobre os alegados atrasos na notificação de casos e no isolamento de casos e contactos, a ministra da Saúde assumiu que o trabalho da saúde pública começa a denotar algum “stress”, principalmente na zona de Lisboa e Vale do Tejo. Contudo assegurou ser “possível ainda a identificação do “link” epidemiológico” num número significativo de casos.
“De acordo com os dados que temos, o isolamento de casos e o isolamento de contactos – que são indicadores indiretos daquilo que é o rastreio e a identificação do “link” epidemiológico – ainda são feitos às 24 horas em 98 e 78% dos casos. A saúde pública está a fazer o seu trabalho e consegue ainda ter a identificação da ligação epidemiológica em mais de metade dos casos que são reportados”, defendeu.
Durante a sua audição, Marta Temido reiterou ainda as metas de vacinação até ao final do verão, já anunciadas.
“Chegar a meados de setembro com a vacinação completa em mais de 70%” da população e acima de 90% com uma dose da vacina “é o plano”, reforçou, que defende que a vacinação é a “melhor aposta para se sair da crise sanitária”.