A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) confirmou hoje a falta de medicação para os doentes de Crohn seguidos no hospital de Viana do Castelo, mas estima que a situação esteja resolvida “dentro de dois a três dias”.
Em resposta, por escrito a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, a ULSAM explicou que a falta daquele medicamento ficou a dever-se “a um atraso na tramitação do processo de compra, ou seja, questões burocráticas”.
“O conselho de administração lamenta profundamente o ocorrido, nomeadamente os constrangimentos e a ansiedade que esta situação provocou, e está empenhado em envidar todos os esforços necessários para agilizar a entrega e normalizar a situação o mais rapidamente possível”, adianta.
A ULSAM não esclareceu desde quando é que os doentes de Crohn estão sem a medicação, nem o número de doentes que são seguidos no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Mas o JN noticiou hoje que os doentes de Crohn seguidos no hospital de Viana do Castelo estão esta semana privados de uma medicação da qual são dependentes.
A situação foi denunciada por um dos doentes, profissional de saúde, que foi confrontado com a falta do medicamento, um injetável, na terça-feira, dia em que este lhe deveria ser administrado.
Contactada pela Lusa, a presidente da Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, Colite Ulcerosa e Doença de Crohn (APDI), Ana Sampaio, disse tratar-se de “uma situação grave, mas que não põe em risco de vida os doentes”.
Ana Sampaio adiantou que a falha pontual de medicação “não é exclusiva do hospital de Viana do Castelo”. Neste sentido, revelou que “acontece os hospitais ficarem, temporariamente, sem medicação. Por vezes até pedem emprestado a outros hospitais para colmatarem as necessidades dos doentes”.