Decorreu nos dias 16 e 17 de setembro, no Hotel da Ramada, em Lisboa, a Medical Cannabis Europe Conference, organizado pelo Laboratório de Estudos Farmacêuticos (LEF) e pela Stepwise Pharma & Engineering.
Este evento, que contou com mais de 100 profissionais, teve como intuito discutir a Canábis Medicinal e apoiar os profissionais do setor desta indústria.
Desde que 2018, que existe regulamentação para esta atividade, em Portugal. Esta regula a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis, para fins medicinais. Cabe à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) inspecionar e atribuir as licenças com base nas atividades solicitadas pelas empresas.
Os maiores desafios que as empresas enfrentam, passam por conseguir obter uma licença de cultivo, fabrico, distribuição e venda, em conformidade com os regulamentos da UE, pois a grande maioria dos produtos desta indústria são exportados para os mercados europeu, norte-americano e também para Israel.
Mas existem também desafios ao nível da formação dos profissionais de saúde que prescrevem e dispensam este tipo de produtos, uma vez que a informação sobre esta terapêutica ainda não está disseminada na academia.
Outro dos temas abordados foi a organização da empresa, que deverá ter uma política de qualidade que garanta o estado de controlo do sistema da qualidade e dos seus processos e produtos, uma vez que se tratam de exigências regulamentares, descritas no Decreto-Lei nº 8/2019, 15 de Janeiro.
Esta regulamentação foi concebida para minimizar os riscos durante os processos de cultivo e fabrico, de modo a que estes produtos cheguem ao doente com a eficácia, qualidade e segurança asseguradas.
Existem também desafios ao nível da formação dos profissionais de saúde que prescrevem e dispensam este tipo de produtos, uma vez que a informação sobre esta terapêutica ainda não está disseminada.
Os desafios chegam também aos fornecedores, que têm que ser qualificados para fornecer matérias-primas.