Medicamento da MSD melhora sobrevivência em doentes com cancro do pulmão 745

Terapêutica da MSD melhora sobrevivência em doentes com cancro do pulmão

10 de Maio de 2016

A terapêutica da MSD, pembrolizumab, melhora significativamente a sobrevivência em doentes com cancro do pulmão de não-pequenas células quando comparada com quimioterapia em doentes submetidos previamente a outros tratamentos e cujos tumores expressam PD-L1, esta premissa foi demonstrada no estudo KEYNOTE-010.

Os resultados deste ensaio foram publicados no jornal de investigação científica “The Lancet” e foram apresentados no congresso da Sociedade Europeia para Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO Asia) em dezembro de 2015.

O estudo em questão (ensaio clínico fase 2/3) foi pioneiro na avaliação do potencial de uma terapêutica de imuno-oncologia comparativamente à quimioterapia com base na expressão de PD-L1, em doentes com cancro de pulmão de não-pequenas células avançado.

Segundo este estudo, a terapêutica pembrolizumab aumentou significativamente a sobrevivência dos doentes quando comparado com quimioterapia em casos com expressão de PD-L1, tal como definido pelo valor de TPS (Tumour Proportion Score) de 1% ou mais.

«O cancro do pulmão continua a ser um dos mais comuns e mais desafiantes tipos de cancro em termos de tratamento. Compreender o papel que o pembrolizumab desempenha no tratamento de doentes foi essencial para o nosso programa de desenvolvimento. Neste estudo em doentes com expressão de PD-L1 igual ou superior a 1%, o pembrolizumab aumentou significativamente a sobrevivência dos doentes quando comparado com quimioterapia em doentes previamente tratados com cancro do pulmão de não-pequenas células, tanto na histologia escamosa como não-escamosa» indicou, em comunicado, Roger M. Perlmutter, presidente da MSD Research Laboratories.

A MSD, que já tem autorização de introdução no mercado para pembrolizumab, submeteu à Agência Europeia do Medicamento uma alteração tipo 2 para inclusão de nova indicação.

«Este é um momento muito entusiasmante e os estudos como o KEYNOTE-010 com pembrolizumab estão a abrir caminho para um conhecimento mais aprofundado sobre como identificar a terapêutica mais adequada para cada doente» disse Roy Herbst, diretor médico de oncologia clínica no centro oncológico Yale Cancer e no hospital Smilow Cancer Hospital em Yale-New Haven.