
O laboratório farmacêutico Takeda anunciou hoje que o seu medicamento experimental, que está a ser testado para duas formas graves de epilepsia, não conseguiu reduzir a frequência das convulsões nos doentes.
O soticlestat, segundo a Reuters, estava a ser testado em combinação com o tratamento padrão em adultos e crianças com síndrome de Dravet (SD) e síndrome de Lennox-Gastaut (LGS), formas raras e graves de epilepsia, caracterizadas por convulsões frequentes e prolongadas que se manifestam tipicamente na infância.
Num estudo em fase avançada que incluiu 144 doentes, com idades entre os dois e os 21 anos com síndrome de Dravet, a combinação de soticlestat com uma terapia anticonvulsiva não ajudou a reduzir a frequência das crises convulsivas após 16 semanas de tratamento, falhando por pouco o objetivo principal do estudo. O medicamento mostrou, contudo, uma melhoria, segundo a Takeda, “nominalmente significativa” nos objetivos secundários, como a intensidade e a duração das crises.
Noutro estudo – com 270 doentes com idades entre os dois e os 55 anos – a combinação de soticlestat e terapia anticonvulsiva também não conseguiu reduzir um tipo grave de convulsão em pacientes com síndrome de Lennox-Gastaut.
A Takeda planeia agora discutir com as autoridades reguladoras para determinar os próximos passos para o medicamento.
A SD afeta cerca de uma em cada 21.000 pessoas e a LGS menos de uma em cada 1.000 pessoas nos Estados Unidos, segundo a farmacêutica.