Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE, na sua sigla em inglês), denominado por “Gestão de Resíduos Farmacêuticos: Limitando os Impactos Ambientais de Medicamentos Não Utilizados ou Vencidos”, concluiu que a proporção de medicamentos domésticos que acabam como resíduos varia de 3% a 50%, valores que estão a aumentar à medida que as populações envelhecem, pois consomem mais produtos farmacêuticos.
Este relatório tem como objetivo analisar maneiras de reduzir e gerenciar a quantidade crescente de medicamentos não utilizados ou vencidos, que correm o risco de contaminar o meio ambiente por meio de sistemas de esgoto ou aterros sanitários, se descartados incorretamente.
Lembrar que a contaminação ambiental pelo abandono inadequado de medicamentos não utilizados ou vencidos tem efeitos adversos nos ecossistemas e contribui para o desenvolvimento de bactérias resistentes, já para não falar de apresentarem um possível risco à saúde pública de uso indevido, acidental ou intencional, assim como de envenenamento. Além disso, medicamentos não utilizados ou vencidos constituem recursos de saúde desperdiçados.
Foram detetados vestígios de contracetivos orais que causaram a feminização de peixes e anfíbios, e resíduos de drogas psiquiátricas que alteram o comportamento dos peixes.
As medidas propostas para evitar e gerenciar melhor os resíduos farmacêuticos domésticos incluem: maneiras de reduzir os volumes de medicamentos não utilizados ou vencidos; garantir a recolha e o tratamento de forma correta de resíduos farmacêuticos; e conscientizar a população através de campanhas de comunicação bem direcionadas sobre a importância da redução dos resíduos farmacêuticos e sobre as maneiras adequadas de reciclar, em especial para líquidos, pomadas e cremes, que tendem a ser descartados de forma inadequada.
Pode consultar o relatório aqui.