Medicamentos estão mais baratos a partir deste mês 592

Medicamentos estão mais baratos a partir deste mês

03 de Março de 2015

A partir deste mês as farmácias são obrigadas a vender os medicamentos com os preços atualizados, ou seja, mais baratos. Embora os preços dos fármacos, prescritos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e com comparticipação do Estado, tenham diminuído em janeiro, as farmácias apenas têm obrigação de vender os medicamentos com os novos preços, desde ontem, pois tiveram dois meses para escoar as terapêuticas em stock.

De acordo com o jornal “Público”, a descida do preço dos medicamentos enquadra-se na revisão anual que Portugal faz e que tem como base uma metodologia de comparação com os valores praticados noutros Estados-membros da União Europeia pré-selecionados. Neste ano de 2015, os valores portugueses são comparados com os dos medicamentos em Espanha, França e Eslovénia – que pelos preços inferiores que têm tiveram impacto nos valores portugueses, que também desceram.

Ao todo, o INFARMED estima que a redução dos preços vai permitir que o Estado poupe um total de 15 milhões e os utentes sete milhões de euros.

A descida nos preços acontece quando os últimos dados do INFARMED, até setembro de 2014, mostram que os portugueses compraram mais medicamentos e optaram mais pelos genéricos. Mesmo assim, os gastos dos cidadãos nas farmácias acabaram por crescer, já que foram vendidas mais 4,6% de unidades de medicamentos. No total, o Estado gastou 857 milhões de euros e os cidadãos, 511 milhões.

Além desta poupança, neste ano o Serviço Nacional de Saúde vai contar com uma contribuição da Indústria Farmacêutica de 180 milhões de euros. Desde 2012 que o Estado assina com os laboratórios um acordo para reduzir a fatura pública com medicamentos, definindo um teto máximo de despesa a partir do qual as empresas têm de devolver dinheiro aos hospitais públicos através de notas de crédito.

Em 2014 o acordo era de 160 milhões de euros e para este ano o Orçamento do Estado chegou a prever a criação de uma taxa sobre as vendas da indústria, mas acabou por fechar um acordo superior em 20 milhões de euros e a taxa só avança para quem fica de fora do protocolo.