Os medicamentos genéricos dispensados nas farmácias portuguesas permitiram uma poupança superior a 462 milhões de euros ao Estado e às famílias no ano passado, o valor mais alto de sempre.
A informação foi avançada pela Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN) e Associação Nacional de Farmácias (ANF), tendo em conta os dados do contador online lançado no ano passado pelas duas associações.
Apesar de 2020 ter sido um ano anómalo e a indústria farmacêutica ter sido afetada pela pandemia de covid-19, ainda assim, a poupança promovida pelos medicamentos genéricos atingiu um valor recorde.
“Em 2020, a poupança promovida pelos Medicamentos Genéricos atingiu um valor recorde, o que demonstra, num ano de crise sanitária com impacto direto na economia das famílias, a importância e relevância destes medicamentos no equilíbrio do nosso sistema de saúde”, afirmou Maria do Carmo Neves, presidente da APOGEN, na nota divulgada pelas duas Associações.
Os indicadores mostram que, pela primeira vez, registou-se uma quebra de 1,3 milhões de embalagens no consumo de medicamentos genéricos, apesar do valor da poupança ter subido 14 milhões de euros em 2020 face ao ano anterior.
“As farmácias foram pioneiras na promoção de medicamentos genéricos e lutarão sempre para que os portugueses tenham acesso a medicamentos seguros, ao melhor preço possível”, indicou Paulo Cleto Duarte, Presidente da ANF, no comunicado enviado.
Este ano, a poupança ultrapassa já os 40 milhões de euros.
“É de crer que este ano e nos próximos, haja ainda mais necessidade, por parte dos cidadãos e do SNS em geral, em recorrer cada vez mais à utilização dos medicamentos genéricos não só pela qualidade indiscutível, mas também, pelo equilíbrio financeiro que propomos ao sistema”, indicou a presidente da APOGEN.
O contador online do valor da contribuição dos medicamentos genéricos para o SNS e para as famílias pode ser consultado em tempo real, no portal da APOGEN.
