Médicos ameaçados por excessos nas receitas
17 de julho de 2014
Reuniões nas regiões de saúde são intimidatórias, com ameaças de coimas e pressões, dizem os médicos. Ministério da Saúde nega esse teor e lembra que a meta é detetar desvios, racionalizar e identificar casos de fraude.
Os médicos que receitam mais medicamentos e que trazem mais gastos para o SNS estão a ser chamados a dar explicações em reuniões das Administrações Regionais de Saúde (ARS). Os encontros, segundo os médicos, têm tido um caráter intimidatório, com pressões para se prescrever mais genéricos e reduzir os gastos com medicamentos.
De acordo com o “Diário de Notícias”, as ARS negam a existência de pressões e o Ministério da Saúde diz que se pretende racionalizar, combater a fraude, detetar desvios e reduzir excessos ilegítimos.
Os casos começaram a chegar às secções regionais. Foram chamados «muitos médicos a reuniões na ARS do Centro. Querem que eles passem mais genéricos, medicamentos mais baratos e que não façam uso das exceções que existem na lei». Hoje é obrigatória a prescrição sem marca (denominação comum internacional/DCI). Apenas as exceções (ao lado) justificam uma receita com medicamentos mais caros, como os de marca.