Médicos consideram que incentivo de 741 euros é medida eleitoral 07 de Agosto de 2015 A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e os dois sindicatos médicos consideram que a compensação de 741 euros atribuída aos médicos que aceitem aumentar as suas listas para 2.500 utentes é uma «proposta eleitoralista» que não será exequível.
Ainda assim, o Governo decidiu avançar com esta proposta, que já tinha, aliás, sido anunciada em abril. A medida do aumento das listas em troca de um incentivo consta de um projeto de diploma que está em consulta pública e que o Governo quer levar a Conselho de Ministros ainda durante o mês de agosto, explicou ontem o “Jornal de Notícias”.
A proposta não passa de uma «utopia», disse o presidente da APMGF, Rui Nogueira, ao “Público”, que alerta que, mesmo com o atual número de doentes, as condições de trabalho já são difíceis. «Não é sequer desejável que os médicos de família aceitem um aumento de listas. Não é possível dar consultas reais», assegura Rui Nogueira, que lamenta que o Ministério da Saúde «queira fazer antes das eleições o que não fez em quatro anos».
Os responsáveis dos dois sindicatos médicos contestam igualmente esta medida e defendem que é «impossível» de concretizar na prática» e prevêem que «não terá qualquer adesão».
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