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Médicos/Greve: FNAM estima adesão de 90% a nível médio nacional

8 de julho de 2014

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) estima que a adesão à greve dos médicos esteja hoje a rondar os 90% a nível médio nacional.

Num comunicado distribuído às redações, o Ministério da Saúde escusou-se a dar informação sobre a adesão à greve, lembrando: «os únicos dados rigorosos sobre a participação na paralisação são os que resultam do processamento salarial deste mês, pelo que se revela necessário aguardar alguns dias pelo apuramento a realizar por todos os serviços, hospitalares e outros».

O Ministério da Saúde adianta ainda que as estimativas avançadas pela FNAM revelam «uma impossibilidade aritmética pelo simples facto de que há uma parte dos médicos, os que trabalham nos sectores privado e social, que não faz greve».

Mário Jorge Neves, dirigente da FNAM, disse hoje aos jornalistas que há serviços e unidades de saúde nos quais os valores de adesão à greve estão a ser superiores aos da paralisação de há dois anos.

«O Ministério da Saúde não consegue apagar a realidade dos factos, os hospitais e os centros de saúde estavam desertos, às moscas», declarou o dirigente sindical, citado pela “Lusa”, que participa na concentração junto ao ministério, em Lisboa, e que junta várias dezenas de clínicos.

Mário Jorge Neves está convicto de que a generalidade dos cidadãos compreende e apoia esta greve, salientando que o protesto visa defender os interesses socioprofissionais, ao mesmo tempo que defende o Serviço Nacional de Saúde.