Médicos que chumbem no exame podem voltar a fazer prova no ano seguinte 224

Médicos que chumbem no exame podem voltar a fazer prova no ano seguinte

20-Fev-2014

O bastonário da Ordem dos Médicos disse ontem que alterações ao regime de internato preveem que os médicos sem aproveitamento no exame tenham autonomia para o exercício da Medicina e possam voltar ao exame no ano seguinte.

Em declarações aos jornalistas, no âmbito das negociações com o Ministério da Saúde sobre as alterações ao regime de internato, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, explicou que os médicos que possam, eventualmente, não atingir a nota mínima – que «corresponde a nove valores em 20» -, terão «autonomia para o exercício da Medicina e poderão voltar ao exame no ano subsequente».

O bastonário da Ordem dos Médicos afiançou que as negociações com o ministro da Saúde, Paulo Macedo, são «conversas cordiais» e que todas as partes pretendem «garantir a qualidade e a acessibilidade à formação pós graduada em Medicina, nomeadamente que os especialistas portugueses continuem a ser reconhecidos internacionalmente pela sua qualidade», citou a “Lusa”.

José Manuel Silva acrescentou que, das conversas que estão a decorrer, surgirá um «documento que seja consensual para todas as partes». José Manuel Silva disse que o exame de seriação terá uma «nota mínima de acesso a uma vaga da especialidade», e acrescentou que se justifica esse limite mínimo para continuar a garantir a qualidade dos médicos especialistas portugueses.

O bastonário recordou que, «neste momento, não há vagas de especialidade suficientes para todos os candidatos e é impossível aumentar muito mais a formação, sem colocar em causa a sua qualidade».

O ministro da Saúde disse ontem, em entrevista ao “Jornal de Negócios” e à “Renascença”, que os «internos que chumbem em exame podem ficar fora do Sistema Nacional de Saúde».

«Governo e sindicatos estão a discutir a revisão do internato médico e em cima da mesa está a possibilidade de o exame de seriação passar a ser de eliminação», indica a entrevista ao ministro.