Médicos recomendam orgasmo para manter saúde cardiovascular
08 de Agosto de 2014
A Fundação Espanhola do Coração (FEC) sublinhou a importância do orgasmo na prática sexual como protetor de doenças cardiovasculares, em comemoração do Dia Internacional do Orgasmo Feminino, que se assinala hoje.
Vários estudos indicam que a atividade sexual está relacionada com a prevenção de doenças, a redução do stress e o controlo de peso, uma vez que durante o ato os níveis de hemoglobina sobem, o que protege o organismo de infeções e favorece uma maior resistência a doenças.
«Além de todos estes benefícios para a saúde em geral, também foi comprovado que a prática sexual de forma periódica ajuda a reduzir as probabilidades de ser vítima de um enfarte», explicou o médico Ignacio Fernández-Lozano, vice-secretário da Sociedade Espanhola de Cardiologia e membro da FEC, citado pela agência “EFE”.
No seu comunicado, a FEC cita um estudo publicado no “The American Journal of Cardiology”, que comprovou que os homens que mantinham relações duas vezes por semana tinham até menos 50% de probabilidades de sofrer um enfarte comparado com aqueles que o fazem apenas uma vez por mês.
O estudo indica que durante o orgasmo libertam-se diversas hormonas como a adrenalina, as endorfinas e, no caso das mulheres, a oxitocina que atuam no organismo como vasodilatadoras permitindo uma melhor circulação do sangue e evitando a formação de coágulos.
«O melhoramento da circulação juntamente com a sensação de felicidade provocada pela secreção destas hormonas ajuda a manter uma melhor saúde cardiovascular», assinalou Fernández-Lozano, citado pela “Lusa”.
Pelo contrário, destacou, a falta de orgasmos foi relacionada com um maior risco cardiovascular num estudo realizado em Inglaterra a 100 mulheres que sofreram de enfartes. O estudo descobriu que 65% destas mulheres eram incapazes de sentir prazer em comparação com 25% das mulheres de um grupo de controlo que não tinha problemas cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares podem ser prevenidas seguindo hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada, rica em frutas e verduras e baixa em gorduras saturadas, evitando o consumo excessivo de álcool, não fumando e praticando atividade física de forma regular.
«Para as pessoas que tenham tido algum episódio cardiovascular é importante recordar que podem manter uma vida sexual normal, a não ser que o seu médico lhes tenha recomendado o contrário, que vão a consultas periódicas e mantenham a medicação adequada», recomendou o médico.
Fernández-Lozano concluiu que é essencial para todos os pacientes que tenham dúvidas sobre a atividade sexual falar com os seus cardiologistas.