Meia centena canta janeiras junto ao ministério da Saúde para reivindicar hospital no Seixal 07-Jan-2014 Meia centena de pessoas deslocou-se ONTEM ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para cantar as janeiras ao ministro Paulo Macedo e reivindicar a construção de um hospital no Seixal, complementar ao Garcia da Orta, em Almada. Nesta ação de protesto, participaram eleitos dos concelhos do Seixal, Almada e Sesimbra que não conseguiram ser recebidos pelo ministro, mas entregaram 500 postais com mensagens da população. «São mensagens a pedir que o projeto da obra seja adjudicado. Estamos a falar de uma obra orçada 60 milhões de euros, mas que para já não precisamos de gastar dinheiro. É apenas a decisão de adjudicar a obra», afirmou aos jornalistas o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos (CDU). O autarca recordou que em 2006 o Governo da altura chegou a considerar prioritário a construção de um novo hospital no Seixal, para servir cerca de 500 mil pessoas. «É para nós incompreensível que com um acordo estratégico assinado em 2009, que dizia que o hospital estaria construído em 2012 chegar a 2014 e nem o processo de adjudicação termos já concretizado», lamentou. Para Joaquim Santos a situação económica do país não pode justificar o recuo na decisão de avançar com a obra até porque para os autarcas de Seixal, Almada e Sesimbra o hospital é uma «necessidade urgente». «Não se trata de qualquer capricho. Trata-se efetivamente de ter um hospital Garcia da Orta que estava dimensionado para 150 mil habitantes e hoje serve mais de 500 mil», argumentou. Os autarcas dos três concelhos solicitaram há cerca de três semanas uma reunião conjunta com o ministro Paulo Macedo, mas até agora ainda não obtiveram uma resposta. «Estamos aqui para desejar um bom trabalho e estaremos certamente mais à frente em outras iniciativas, isto se o senhor ministro não nos receber», atestou. Anteriormente, em declarações à agência “Lusa”, o ministério da Saúde referiu que desde 2012, na Península de Setúbal, foram efetuados investimentos num total de 293 milhões de euros, onde se incluiu o «aumento de capital nas três unidades hospitalares e respetivo perdão de juros, os investimentos autorizados ao abrigo dos despachos do secretário Estado e as verbas destinadas à regularização de dívidas a fornecedores». O ministério salientou ainda que foi decidido manter a urgência polivalente do Hospital Garcia de Orta e que foi reorganizada toda a urgência da Península de Setúbal, lembrando a abertura de várias unidades de cuidados de saúde primários na região. |