Merck atribui o cargo de vice-diretor executivo a Stefan Oschmann 573

19 de setembro de 2014

A alemã Merck nomeou Stefan Oschmann para vice-diretor executivo e apontou Belen Garijo como o primeiro membro do sexo feminino a integrar o conselho de administração da empresa.

Oschmann, atual responsável pela unidade farmacêutica, e Garijo, CEO da unidade biofarmacêutica da Merck Serono, vão assumir as suas novas funções a 1 de janeiro, revelou a empresa sediada em Darmstadt, à “Bloomberg”. Garijo também vai assumir a supervisão de toda a atividade farmacêutica da companhia.

Oschmann irá juntar-se ao CEO Karl-Ludwig Kley, na representação da Merck perante as organizações internacionais e os políticos. Ambos vão também partilhar funções de gestão, anunciou a empresa. As alterações dos cargos acontecem após a demissão inesperada de Matthias Zachert, antigo diretor financeiro, considerado pelos analistas o responsável pela recuperação da empresa.

Johannes Baillou, presidente do conselho de accionistas da Merck, revelou que o encontro da farmacêutica com investidores, analistas e jornalistas, para discutir a estratégia da empresa veio «fortalecer a equipa que lidera a Merck e preparar o terreno para continuar a atingir as nossas ambiciosas metas de crescimento, até 2018 e depois disso».

A farmacêutica está à procura de um parceiro que participe no desenvolvimento e na comercialização de um medicamento imunológico que a Merck acredita ser capaz de tratar algumas variantes do cancro do pulmão e do ovário, afirmou Garijo, numa conferência de imprensa. O fármaco, semelhante ao MEDI-4736 da AstraZeneca, tem como alvo os anticorpos anti-PD-L1 e, segundo os analistas, poderá render 6,5 mil milhões de dólares em vendas anuais.

A Merck, que também comercializa produtos químicos industriais e equipamentos de laboratório, não consegue obter nenhuma aprovação farmacêutica, desde 2003, quando os reguladores autorizaram o uso de Erbitux. No rol de produtos rejeitados estão alguns tratamentos para a esclerose múltipla e para o cancro do cérebro e do pulmão. A sua atual produção de medicamentos não será considerada pelos reguladores até 2016.

«Depois de anos conturbados no negócio farmacêutico, e afastando os limites daquilo que podemos fazer com os nossos atuais produtos, estamos a entrar uma nova fase», disse Kley numa conferência de imprensa. «Isto deixa-nos orgulhosos e torna-nos muito confiantes», acrescentou.