Metade dos portugueses de grupos prioritários já tomaram a vacina da gripe 761

De acordo com os dados divulgados pelo relatório Vacinómetro, promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e a Sanofi, que monitoriza a cobertura vacinal contra a gripe entre idosos, doentes crónicos, grávidas e profissionais de saúde, metade dos portugueses que integram grupos prioritários já se vacinaram contra a gripe.

Este relatório divulgou os resultados da segunda vaga de vacinação, em que se registou uma subida de 13,2 pontos percentuais em relação à primeira fase de vacinação de pessoas de grupos prioritários, o que resulta num total de 49,9% de pessoas vacinadas dessa população de maior risco.

Em comparação com o período homólogo do ano passado, o Vacinómetro regista uma descida na vacinação a doentes crónicos, com uma quebra de 5,6%, o que resulta até ao momento na vacinação de 46,4% deste universo.

Tendo em conta o momento em que vivemos e em comparação com o ano passado, os profissionais de saúde foram o grupo prioritário que mais procurou proteger-se contra a gripe nesta fase, com 61,2% já vacinados, mais 21,1% que face a 2019.

Entre os idosos com pelo menos 65 anos, 57,1% já estão vacinados contra a gripe, em linha com as estatísticas do ano anterior, enquanto na população entre 60 e 64 anos a cobertura da vacina fica nos 34%, ainda assim 6,2 pontos percentuais acima do período homólogo de 2019.

O Vacinómetro estima que 1.160.618 portugueses com 65 ou mais anos já se vacinaram contra a gripe, sendo que a estes juntam-se ainda 220.008 pessoas com idades entre os 60 e os 64 anos.

Entre as grávidas o relatório aponta uma cobertura vacinal de 44%, e mais de 98% da população analisada disse tê-lo feito por indicação do respetivo médico.

No que respeita à forma de aquisição da vacina, 965.634 pessoas, 83,2% da população estudada vacinada, terão recebido a vacina gratuitamente em centros de saúde, enquanto 8,5% recebeu-a gratuitamente em farmácias através do lote de vacinas cedidas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e 5,5% compraram diretamente na farmácia.

Apesar de os dados indicarem que 92,5% da população agora vacinada já o tinha feito em anos anteriores, registou-se um crescimento significativo (quase mais 15%) na intenção das pessoas de vacinação contra a gripe em relação a 2019, que subiu de 34,4% para 49,3%.