MF TALKS: Edição especial reuniu especialistas em torno da “Digital Health” 11 de Novembro de 2016 «Haverá um momento em que será banal prescrever um medicamento com a respetiva app», afirmou Carlos Oliveira, professor convidado de Marketing e Brand Management, no ISEG, ontem, durante a edição especial das MF TALKS, subordinada ao tema “Digital Health”. O docente realçou, contudo, que esta é uma área que carece de regulação, especialmente porque «toda a gente produz aplicações». Rita Veloso Mendes, responsável pelo núcleo de inovação e investigação do SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde), também ela oradora no painel “Os novos desafios do Marketing Farmacêutico”, realçou a importância de se controlar este mercado. De acordo com Rita Veloso Mendes, uma app só poderá ser prescrita se cumprir parâmetros de qualidade: «requisitos técnicos, mas também clínicos». A questão da importância da personalização dos conteúdos digitais foi também abordada pela socióloga e corroborada por outros colegas do painel. Paulo Morais, Digital Health & e-Business Manager, na Follow Reference, considerou que no âmbito da saúde digital, é muito importante questionar quem é o cliente e perceber quais as tecnologias que este pode adotar. Já Paulo Duarte, multichanel manager, global established pharma business, da Pfizer, afirmou que o «conteúdo é rei» e tem de ser «ajustado às necessidades dos clientes». «One size doesn’t fit all», rematou. Durante o debate, moderado por Luís Vasconcelos Dias, consultant, Pharma & Healthcare, concluiu-se ainda que o online tem um peso enorme quando se trata de pesquisas relacionadas com questões de saúde. De acordo com Nuno Rodrigues, digital & multichanel manager, da Roche, uma em cada 20 pesquisas na internet é sobre saúde, sendo que 91% dos portugueses estão satisfeitos com a informação que encontram online. Ainda relativamente às pesquisas, o médico Bruno Almeida, participante no painel de debate sobre marketing farmacêutico, partilhou a sua experiência profissional. Segundo o orador, os doentes chegam às consultas na expectativa de que os médicos validem os diagnósticos traçados pelos próprios após pesquisas na internet. Bruno Almeida realçou que este novo perfil dos utentes é um desafio com o qual os médicos têm de aprender a lidar. Para além de terem assistido a esta sessão de debate, os cerca de 120 participantes que passaram pela edição especial das MF TALKS, no Pestana Sintra Golf Conference & Spa Resort, tiveram ainda a oportunidade de visitar um espaço de exposição onde estiveram presentes a Logifarma, a PharmaPlanet, a HMR, a QuintilesIMS e a Princípio Ativo. No âmbito desta edição das MF TALKS, decorreu ainda, pela manhã, a conferência “Big Data, Big Pharma”, moderada por Nuno Nunes, senior consultant, na RHP Consultores. Nessa sessão, Carlo Costa, global commercial solutions partner, da QuintilesIMS, reforçou a necessidade de se avaliar o impacto dos dados recolhidos ao nível da saúde; João Tedim, partner technology strategist, da Microsoft Portugal, perante esta realidade eminentemente tecnológica, realçou a obrigatoriedade de as empresas alterarem o seu modelo de negócio, para conseguirem sobreviver aos dias de hoje, e Sónia Valadas, chief legal officer da Novartis, levantou algumas questões legais associadas à recolha de dados, nomeadamente a legitimidade do seu uso. A MF TALKS “Digital Health” é uma iniciativa da revista Marketing Farmacêutico, que conta com o patrocínio premium da Logifarma, o patrocínio da PharmaPlanet e com o apoio da QuintilesIMS, do Simposium Digital Healthcare e do Pestana Hotels & Resorts. A revista Farmácia Distribuição, o Portal Netfarma e a e-newsletter farmanews são media partners do evento.
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