Realizou-se ontem a 13ª Conferência MFTALKS, em formato webinar, sob o título “FARMA 2021: E agora?”.
O evento, uma iniciativa da revista Marketing Farmacêutico, contou com os key Speakers Ana Belchior (Regional Sales Manager, Grunenthal Group), André Santiago Silva (Business Unit Head, Bayer) e Pedro Matos (Head of Commercial Excellence, Novartis) .
O Painel de Debate foi composto por Beatriz Caeiro (General Manager, Perrigo Portugal), Orlando Duarte (Oncology Sales Lead, Pfizer Portugal) e Miguel Rovisco de Andrade (General Manager, A.Menarini Portugal).
O webinar, que reuniu mais de 750 profissionais da IF, teve moderação de Paulo Silva (Diretor da revista Marketing Farmacêutico) e curadoria de Luis Vasconcelos Dias (Pharma & Health Consultant).
Ana Belchior (Regional Sales Manager, Grunenthal Group) destacou que “o digital não substitui a força de vendas, é mais uma forma de acesso ao cliente, é um complemento adicional”, reforçando que “o digital veio para ficar”. A responsável demonstrou confiança no futuro, rematando a sua intervenção com “este é só mais um desafio que vai ser superado”.
Para André Santiago Silva (Business Unit Head, Bayer) a pandemia de covid-19 apenas acelerou mudanças já em curso na IF. No entanto, alertou: “o canal digital facilmente satura”, lembrando que “precisamos de resiliência, tem de haver empatia, tem de haver espaço para a adaptabilidade e identificar as novas necessidades dos clientes, em função do novo contexto”.
Para Pedro Matos (Head of Commercial Excellence, Novartis) o “modelo comercial foi sempre baseado no acesso físico, sem marcação, sem rigidez no contacto, numa comunicação oral, suportada na evidência”, baseada no “valor da relação, da credibilidade da mensagem que se transmitia”. Com a pandemia “vamos ter a necessidade de nos reinventar, com novos stakeholders no processo de decisão”. Para que isso aconteça “a personalização e o contacto humano vão continuar a ser chave no futuro”.
Jorge Gonçalves (Presidente da Direção da APPIMÉDICA), teve oportunidade de intervir para trazer a realidade do terreno, reconhecendo que a pandemia trouxe dificuldades no acesso aos médicos, “seja físico ou digital”. O responsável daquela associação afirmou que os profissionais de informação médica “nem sempre são bem-vindos, porque nem sempre acrescentam valor”. Para Jorge Gonçalves, a resposta é “criar necessidade para que o médico queira falar connosco, seja digital ou fisicamente. Para isso, temos de acrescentar valor em cada contacto”
Miguel Rovisco de Andrade (General Manager, A.Menarini Portugal) lembrou que “em março não sabíamos o que ia acontecer, estamos em dezembro e ainda não sabemos o que vai acontecer. Temos um futuro que não é claro, não é muito visível”, afirmou.
Já Orlando Duarte (Oncology Sales Lead, Pfizer Portugal) acredita que “o digital foi visto como uma ameaça e hoje é visto como uma oportunidade única de fazer história. Há a oportunidade única de reinventar o negócio, de não olhar para ele como um negócio de massas. Chegou a altura do micro cliente, de customizar cada contacto”, acrescentando que “o digital tem um desgaste que o presencial não tem”, mas que no fim “o digital não substitui, acrescenta”.
Beatriz Caeiro (General Manager da Perrigo Portugal) traçou as diferenças de acesso a médicos e farmacêuticos, revelando que as relações de parceria com as farmácias mantiveram as “portas abertas” à IF.
Esta foi uma iniciativa da revista MARKETING FARMACÊUTICO, powered by RHP, patrocinado por Pharma Planet, com o apoio Simposium e que contou com o knowledge partner Digital Health Academy e os media partners revistas FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO e FARMÁCIA CLÍNICA, Portal NETFARMA e a E-newsletter FARMANEWS.