Miastenia Gravis afeta maioritariamente homens acima dos 65 anos
02 de agosto de 2017 Um grupo de investigadores do Porto concluiu que a doença autoimune miastenia gravis, que pode levar à paralisia de vários grupos musculares, e que era associada a mulheres e jovens, afeta hoje em dia maioritariamente homens acima dos 65 anos. Embora esta investigação não determine as causas que levam a esta mudança de paradigma, estudos realizados noutros países apontam os fatores ambientais e a toma de determinados medicamentos por parte da população idosa como possíveis causas, disse à “Lusa” a investigadora Ernestina Santos, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), uma das entidades responsáveis pelo projeto. Para a investigadora, estes resultados são de extrema importância, uma vez que, através deles, podem ser criados meios para antecipar e contemplar o diagnóstico numa faixa etária em que não era habitual, permitindo identificar e tratar os novos doentes idosos com esta patologia. Com a duração de cinco anos, é o primeiro estudo a nível nacional nesta área, tendo englobado todos os hospitais do Norte de Portugal que tratam a doença. A equipa responsável pelo projeto venceu, em junho, o Prémio Orlando Leitão/Biogen, que distingue anualmente o melhor trabalho apresentado durante o Congresso da Sociedade Portuguesa de Neurologia. |