Militares promovem «iniciativa pública» junto à tutela em defesa da saúde
15-Maio-2014
As associações dos Sargentos e dos Praças promovem hoje junto ao Ministério da Defesa uma «iniciativa pública» para denunciarem «o desmantelamento e descaracterização» da saúde militar e assistência social complementar.
«É uma iniciativa pública para não só denunciar as preocupações que nos atingem, mas também para procurar fazer ouvir àqueles que têm a obrigação de cumprir a legislação que estamos atentos a todas estas medidas que visam a descaracterização e desmantelamento da instituição militar e de todos os seus mecanismos de apoio», disse à agência “Lusa” o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), Lima Coelho.
Numa iniciativa conjunta da ANS e Associação de Praças, os militares querem que o Ministério da Defesa mantenha o direito à saúde e assistência social complementar, tendo em conta que são os «únicos direitos» que restam para compensar as «penosas restrições» exigidas pela condição militar.
«Quando vemos uma série de despacho e de legislação que visa a constituição de grupos de trabalho e que visa afetar profundamente os aspetos sociais e da saúde, numa altura em que os portugueses estão a ser confrontados com grandes e enormes dificuldades, não podemos deixar de levar ao Ministério da Defesa esta preocupação para que se cumpra a lei», sustentou Lima Coelho.
Segundo o presidente da ANS, os militares têm assistido, nos últimos tempos, a um «ataque desmedido ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas» e a uma «descaraterização do Hospital das Forças Armadas».
«Por via de decisões políticas de cariz economicista tem-se assistido, mesmo que por vezes de uma forma encapotada, ao desmantelamento e descaracterização da saúde militar e de serviços com ela relacionadas, ainda e repetidamente em claro desrespeito pela legislação em vigor», refere um comunicado conjunto das duas associações de militares para divulgar a «iniciativa pública», marcada para as 18:00 de quinta-feira.
Lima Coelho manifestou-se ainda preocupado com a suspensão da renovação de alguns cartões aos beneficiários, especialmente de cônjuges de militares, situação que está a impedir estes beneficiários de «usufruírem dos seus direitos».
«Há situações de tratamento muito grave e preocupante entre militares em situações que deviam ser iguais, por razões economicistas e politicas não se cuidou de assegurou aquilo que a lei assistência aos militares e familiares», sustentou.