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Ministério da Saúde anuncia extinção de 11 serviços de urgência

23 de Novembro de 2015

Vão ser encerrados 11 serviços de urgência, dentro de seis meses, de acordo com um despacho publicado pelo Ministério da Saúde. Estas alterações definidas representam «alguns ajustamentos» e resultam do trabalho efetuado por uma comissão de especialistas, esclareceu uma fonte do gabinete de Fernando Leal da Costa.

No entanto o documento publicado em Diário da República apresenta algumas “gralhas”, como admitiu o gabinete de Fernando Leal da Costa. Este previa a desclassificação (passagem de um nível mais diferenciado para um mais básico) de três urgências hospitalares da região Norte – Póvoa de Varzim, Mirandela e Chaves –, despromoção essa que foi corrigida ao final da tarde, depois de a Câmara da Póvoa de Varzim ter protestado em conferência de imprensa, avançou o “Público”.

O Ministério da Saúde esclareceu, em nota, que se tratou de um erro e garantiu que o despacho vai ser corrigido e republicado em breve. Os hospitais da Póvoa de Varzim, de Mirandela e de Chaves continuam, assim, a ter um serviço de urgência médico-cirúrgica (SUMC), o nível de complexidade intermédio.

No entanto, ao contrário do que a comissão de peritos propôs em 2012, a arquitetura da rede mantém-se igual no que aos níveis de urgência mais complexos diz respeito. Continuam a figurar no mapa 14 serviços de urgência polivalentes (SUP), os de fim de linha que têm capacidade para tratar todo o tipo de doentes, e também se mantêm os 30 serviços de urgência médico-cirúrgica (SUMC) previstos desde 2008.

No conjunto dos polivalentes, há três que têm centros de trauma na região Norte (hospitais de Santo António e São João e hospital de Vila Real), um na região Centro (Hospitais da Universidade de Coimbra) e dois na região de Lisboa e Vale do Tejo (hospital de Santa Maria e de São Francisco Xavier).

O que desaparece na rede agora conhecida são pequenos serviços de urgência básicos (SUB), nomeadamente em centros de saúde que figuravam na rede ainda em vigor, como é o caso de Idanha-a-Nova, Coruche, Agualva-Cacém, Loures, Serpa. Há outros SUB que também não figuram na lista mas que já tinham encerrado, entretanto, devido à integração em centros hospitalares, como é o caso de Valongo. No despacho, o ministro deixa o funcionamento de um SUB no Hospital de Montijo e no Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins na dependência de “orientação” da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.