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Ministério da Saúde foi o que menos reduziu trabalhadores em 2013

29 de dezembro de 2014

O Ministério da Saúde foi o que menos reduziu trabalhadores em 2013, face a 2012, tendo aumentado em dois por cento os trabalhadores de carreira médica, divulgou, na sexta-feira, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

De acordo com os dados do balanço social referente a 2013 aquele aumento foi o maior de profissionais em toda a administração central.

No fim de 2013 o Ministério tinha 124.423 trabalhadores, a grande maioria (96 por cento) nas instituições prestadoras de cuidados de saúde e hospitalares, e os restantes (quatro por cento) na parte técnica e administrativa dos serviços centrais e regionais. Os médicos, que eram o terceiro maior grupo, passaram para segundo, atrás dos enfermeiros.

Em termos absolutos de redução de pessoal (relativamente ao 2012) o SNS teve uma redução de 0,8 por cento (4,1 é o valor para toda a administração central), mas nos serviços centrais a redução foi de 26,9 por cento. O MS, no seu todo, registou um decréscimo de 1,7% de trabalhadores, o valor mais baixo entre todos os ministérios.

Já este ano foram contratados para o SNS 3.198 médicos, 1.090 enfermeiros e 1.009 trabalhadores de outras categorias, salienta o documento de suporte ao balanço da Administração Central do Sistema de Saúde, citado pela “Lusa”.

Do total de trabalhadores do Ministério da Saúde um terço são enfermeiros, seguindo-se os médicos (21,3 por cento) e depois os assistentes operacionais (20,9 por cento). Lisboa e Vale do Tejo era a região que concentrava maior número de profissionais, muitos mais do que as regiões Centro, Alentejo e Algarve juntas.

Lisboa tinha 42.966 profissionais, seguida de perto pela região Norte (42.369). O Centro tinha 23.708, o Alentejo 6.316 e o Algarve 5.631 (as três regiões tinham 35.655 trabalhadores).

Ainda em relação aos trabalhadores, diz o resumo do balanço social que nos cuidados de saúde a grande maioria (78 por cento) exercia funções nos cuidados hospitalares, com os restantes nos cuidados de saúde primários.

Os responsáveis pelo documento salientam «a significativa redução verificada ao nível dos contratos de prestações de serviços (essencialmente médicos) que, de 2.412 em 2012, diminuíram para 2.172, em 2013», bem como «o decréscimo do número de situações precárias» e o «aumento registado na taxa de contratos por tempo indeterminado».

«Em 2013, foram contabilizadas 227.711.226 horas normais, mais cerca de 7,5 % do que em 2012, o que reflete o alargamento do período normal de trabalho para as 40 horas, bem como a transição dos médicos para o regime de 40 horas semanais (mais de duas mil no biénio 2012/2013), valor que continuará a crescer significativamente em 2014», diz a ACSS.

Quanto a salários, no final do ano passado cerca de 66 por cento dos trabalhadores do Ministério recebiam mais de mil euros por mês e 18 por cento mais de dois mil euros.

Os encargos com pessoal contabilizaram no ano passado no Ministério cerca de três mil milhões de euros, mais 4,5 por ceno do que em 2012, o que refletiu o pagamento de subsídios de férias, diz o documento.