Ministério da Saúde nega contradições sobre doenças respiratórias como acusou PS 30-Jan-2014 O Ministério da Saúde acusou o PS de tentar «tirar proveito político» de um relatório sobre doenças respiratórias, divulgado na terça-feira, e negou contradições do ministro, como acusam os socialistas. «O ministro nunca se referiu a dados de 2012 sobre pneumonias», diz o comunicado do Ministério, acrescentando: «o ministro referiu no Parlamento que existem, relativos a 2013, dados provisórios encorajadores (…) referentes a mortalidade abaixo dos 70 anos, a mortalidade infantil e ainda a melhoria de resultados na tuberculose (não pneumonia), a qual, como sabemos, tem taxas de incidência acima da média na União Europeia», apontou a “Lusa”. Ontem o PS tinha dito que os mais recentes dados sobre um aparente aumento da mortalidade causada por doenças respiratórias em 2012 contrariam afirmações feitas no parlamento pelo ministro da Saúde, e pediu-lhe explicações. A deputada socialista Luísa Salgueiro citou dados do relatório anual do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias que apontam para um aumento de 17% em 2012, em comparação com o ano anterior, no número de mortes devido a doenças respiratórias. Essas doenças provocaram a morte de 50 portugueses por dia em 2012, diz o relatório divulgado na terça-feira. No comunicado o Ministério lembra a divulgação em outubro de um relatório sobre doenças respiratórias denominado “Portugal Doenças Respiratórias em Números – 2013”. Na altura a Direção Geral da Saúde (DGS) divulgou também um comunicado síntese «com os relatórios das doenças oncológicas, cérebro-vasculares, VIH/sida e tuberculose, controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos, saúde mental, alimentação saudável, diabetes e prevenção e controlo do tabagismo». O relatório divulgado na terça-feira «tem por base a mesma realidade divulgada pela DGS em outubro. Com base naqueles indicadores, o Observatório avança algumas causas e determinantes que a DGS considera carecerem ainda de demonstração. Por este facto, a DGS está a estudar a matéria e em breve terá interpretações sólidas sobre as incidências verificadas», afirma o comunicado do Governo. |