Ministério Público acusa ex-responsável dos serviços farmacêuticos da ARS/Algarve
26 de maio de 2017 O Ministério Público (MP) acusou uma antiga responsável dos serviços farmacêuticos da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve por crimes de administração danosa e de falsidade informática, anunciou ontem a Procuradoria de Faro. De acordo com a acusação, citada na página da internet da Procuradoria, a arguida, enquanto responsável pelos referidos serviços, «adquiriu intencionalmente» material médico e farmacêutico em quantidades muito superiores às necessárias, gerando stocks manifestamente impossíveis de escoar, no período entre abril de 2009 e novembro de 2012. «Efetivamente, muitos dos medicamentos e dos materiais adquiridos não puderam ser usados por expiração do prazo de validade», refere a acusação, citada pela “Lusa”. Segundo a acusação, para esconder a atuação, a antiga responsável pelos serviços farmacêuticos da ARS/Algarve «terá alterado, apagado ou acrescentado registos no sistema informático, bem como enviado a diversos centros de saúde material que não era necessário e que não fora pedido». O MP alega que o prejuízo causado ao Estado «aproxima-se dos cem mil euros». O inquérito foi dirigido pelo Ministério Público da Secção especializada de Faro do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), tendo sido a investigação realizada pela diretoria de Faro da Polícia Judiciária, na sequência de uma auditoria realizada pelos serviços da ARS do Algarve. |