Ministério quer «apurar responsabilidades» nos casos das mortes nas urgências 19 de Janeiro de 2015 O secretário de Estado adjunto da Saúde garante que estão a ser avaliadas as sete mortes que aconteceram em urgências hospitalares, em casos de doentes que esperaram horas para serem atendidos. Leal da Costa sublinhou, no entanto, que não se podem tirar ainda conclusões: «Em cada momento vai-se procurar saber o que correu mal, o que está na base, e é aí que digo que as responsabilidades têm que ser apuradas. Têm de se perceber se existem, de facto, problemas de ordem sistémica, de ordem individual ou de outro tipo». Quanto ao tempo de atendimento, o mesmo responsável disse que a tutela possui indicadores que mostram, de um modo geral, que o tempo médio de atendimento, este ano, até é mais baixo que em anos anteriores. «Neste momento, não podemos fazer uma relação clara entre o tempo de atendimento e a causa de morte», sublinhou à margem da apresentação dos dados sobre a evolução da taxa de cesarianas em Portugal, de acordo com a “Renascença”. O do último caso aconteceu no sábado, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, quando uma idosa morreu depois de ter esperado nove horas para ser atendida no serviço de urgência. Em comunicado, aquela unidade hospitalar, do distrito de Setúbal, diz que está a investigar, adiantando, no entanto, que, após uma análise preliminar, não detectou nenhuma situação anómala nos cuidados prestados. No dia 11 de Janeiro um homem com cerca de 60 anos morreu depois de três horas nas urgências do Hospital Garcia Horta, depois de ter recebido uma pulseira amarela na triagem, e de ter ficado três horas à espera de atendimento médico. O secretário de Estado revelou que o Ministério da Saúde vai pronunciar-se, na terça-feira falar, sobre a questão das urgências e o pico de gripe. |