Ministério quer mais telemedicina no serviço público de saúde 541

Ministério quer mais telemedicina no serviço público de saúde

07 de Abril de 2015

O Governo quer aumentar o uso da telemedicina em consultas e exames, tendo como objetivo alargar a sua utilização a todas as unidades de saúde.

Este será um dos temas em debate num encontro que começa hoje, em Lisboa, sobre inovação no setor, promovido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, uma espécie de central de compras do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O presidente desta entidade, Henrique Martins, explicou à “TSF” que a telemedicina já existe, especialmente em zonas distantes das maiores cidades. A ideia é levá-la a todo o país, pois «é uma tecnologia como outra qualquer para a prática médica e deve estar disponível em todas as unidades de saúde», beneficiando o doente mesmo em zonas urbanas.

O responsável pede «abertura de espírito» e pensa em poupar tempo e trabalho aos doentes, mas também ao Estado. Henrique Martins disse que «o Ministério gasta muito dinheiro em transportes de um lado para o outro e que estes, às vezes, até levam as pessoas a sentirem-se desconfortáveis pelos tempos de deslocação e por terem de acordar cedo».

O presidente dos Serviços Partilhados do ministério admitiu que há situações em que é preciso o «contacto físico entre doente e médico ou enfermeiro, algo que se deve manter, mas há muitos outros casos, sobretudo em doentes crónicos, em que a equipa clínica conhece bem a pessoa, o que permite esse contacto à distância que gera poupanças que podem ser investidas noutras áreas».

Por estes dias está em curso uma consulta pública para escolher as empresas que vão fornecer estes serviços de telemedicina ao SNS, algo que, como sublinhou o responsável, inclui contactos em direto ou em diferido através, por exemplo, do envio de uma imagem ou de um vídeo que permita ao clínico dar uma opinião ou tomar uma decisão.