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Ministro da Saúde anuncia criação de Conselho Nacional dos Centros Académicos de Medicina

16 de Fevereiro de 2016

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou hoje a criação do Conselho Nacional dos Centros Académicos de Medicina, para criar uma «ligação mais ativa» entre hospitais universitários, centros de investigação e prestação hospitalar.

«Nós estamos a trabalhar, e posso anunciar aqui, em primeira mão, com o senhor ministro da Ciência e Ensino Superior, a constituição, já em março, do Conselho Nacional dos Centros Académicos de Medicina, porque é preciso criar uma reserva natural onde a investigação, conhecimento e entrosamento entre a parte hospitalar tradicional e ensino, se formalize e concretize», afirmou hoje o ministro, durante a apresentação do novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, no Porto.

O governante revelou ainda ter «desafiado» o presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), Sobrinho Simões, para chefe de equipa do Conselho Nacional dos Centros Académicos de Medicina.

Segundo Adalberto Campos Fernandes, o objetivo deste conselho é criar uma dinâmica a nível nacional, um padrão de funcionamento e incentivos ao desenvolvimento dos centros académicos.

«Em Portugal, existem quatro ou cinco centros criados, mas nós queremos que haja seis ou sete, no sentido de criar um padrão de desenvolvimento e de funcionamento que seja mais sustentado e mais sólido», disse, citado pela “Lusa”.

Para o ministro, a saúde em Portugal representa uma fileira muito importante, ao nível da investigação e desenvolvimento.

E realçou: «Queremos criar mecanismos para que as competências que existem ao nível da ciência, investigação, conhecimento e saúde, façam de Portugal um país que esteja na primeira linha em termos europeus».
 
Questionado pelos jornalistas sobre a proposta do Orçamento do Estado, se estava ou não satisfeito com os valores apontados para o setor, Adalberto Campos Fernandes afirmou que «nunca nenhum ministro da Saúde, com sentido mínimo de responsabilidade, considera o orçamento suficiente».

«No quadro de dificuldades do país é o orçamento possível, vamos fazer tudo para com este orçamento fazer o máximo possível», sustentou.