Ministro da Saúde considera normais as sete mortes de doentes com gripe 02 de janeiro de 2017 O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerou, na passada sexta-feira, que as sete mortes este ano relacionadas com a gripe são «números perfeitamente normais», atendendo a que se trata de pessoas «muito débeis, doentes», em declarações à agência “Lusa”.
Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas durante uma visita ao Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, onde esteve também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Dos 48 doentes com gripe admitidos nas unidades de cuidados intensivos hospitalares, que reportaram informação, desde o início da época gripal, em outubro, sete morreram, de acordo com o mais recente boletim de vigilância epidemiológica da gripe do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, divulgado na quinta-feira. A maioria dos doentes admitidos tinha mais de 64 anos e uma patologia crónica associada.
«Pessoas muito débeis, muito idosas, que são afetadas por descompensação de natureza infecciosa (…). Quanto mais agressiva for a infeção, mais débil for a condição da pessoa, maior é o risco de morte», assinalou, ressalvando tratar-se de “uma circunstância que ocorre todos os anos”.
Adalberto Campos Fernandes realçou «a capacidade de entrega» dos profissionais de saúde na prestação de cuidados em «circunstâncias epidémicas» como a da gripe, sustentando que o Serviço Nacional de Saúde «nunca teve tantos recursos como este ano».
O ministro negou que os hospitais estejam em rutura, nesta época do ano, mas referiu que as pessoas deveriam recorrer mais aos centros de saúde e ir só aos hospitais «em situações com indicação hospitalar».
Segundo o titular da pasta da Saúde, o SNS «tem elasticidade» para responder a «acréscimos de 30 por cento» na procura de cuidados durante esta altura do ano.
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