Ministro da Saúde diz que atividade fictícia no CHBV remonta a 2012 356

Ministro da Saúde diz que atividade fictícia no CHBV remonta a 2012

26 de Janeiro de 2015

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse na sexta-feira que as suspeitas sobre a alegada atividade fictícia na marcação de cirurgias no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) remontam a 2012.

«A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e a própria administração do CHBV já se pronunciaram sobre o assunto. Este caso, em termos da sua suspeita, remontaria a 2012», disse Paulo Macedo em Castelo Branco, onde se deslocou para participar nas jornadas “Consolidação, crescimento e coesão”, organizadas pelos sociais-democratas.

O governante explicou ainda que a ARSC pediu, na altura, uma investigação à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

«Como digo, é um caso antigo que foi agora reavivado, e não é por acaso que estes casos aparecem nesta altura», sustentou Paulo macedo, citado pela “Lusa”.

Paulo Macedo sublinhou ainda que a própria Entidade Reguladora da Saúde (ERS) já disse que vai analisar o caso do CHBV.

«Já foi objeto de despacho da IGAS. Porque é que volta a aparecer, não lhe posso dizer. O que posso dizer é que as recomendações da IGAS serão acatadas, como é normal, toda a informação [sobre o assunto] será dada à ERS, e se houver qualquer prática que seja fraudulenta, claramente será alterada e corrigida», assegurou o governante.

O caso da alegada atividade fictícia no CHBV foi denunciado por um grupo de clínicos numa exposição dirigida ao bastonário da Ordem dos Médicos e à Comissão Parlamentar de Saúde há cerca de um mês.

Os clínicos do Hospital de Aveiro denunciaram a existência de marcações de cirurgias, que depois eram adiadas, com o intuito de cumprir formalmente os prazos determinados por razões financeiras.

Por outro lado, Paulo Macedo voltou a admitir que a solução para as urgências do hospital Amadora-Sintra pode passar pela construção de um novo edifício ou pela reinstalação da urgência.

«O que pedimos à Administração Regional de Saúde (ARSVT) de Lisboa e Vale do Tejo e à administração do hospital é que apresentem um projeto, que poderá passar pela construção de um novo edifício ou de reinstalação da urgência», referiu o governante em Castelo Branco.

Paulo Macedo reconheceu que, «além das dotações de recursos humanos e financeiras» que o Governo tem vindo a fazer nos hospitais, «também em termos de espaços físicos há várias urgências que precisam de ser redimensionadas».
 
O ministro deu como exemplos desta necessidade de redimensionamento, não só o Amadora-Sintra, como também outros hospitais, como o das Caldas da Rainha ou do Barreiro-Montijo.