Ministro da Saúde diz que Grande Lisboa tem problemas mais sérios do que interior 711

Ministro da Saúde diz que Grande Lisboa tem problemas mais sérios do que interior

06 de Junho de 2016

O ministro da Saúde disse, na sexta-feira, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem problemas mais sérios para resolver em municípios da Grande Lisboa e distritos como Setúbal ou Santarém do que no interior profundo do País.

Intervindo numa sessão na autarquia de Ourém, distrito de Santarém, Adalberto Campos Fernandes não especificou quais os problemas a que se referia, mas classificou a situação de espantosa e paradoxal.

«Toda a região de Lisboa e Vale do Tejo tem, espantosamente ou paradoxalmente, problemas que não seria de esperar, dada a proximidade da própria capital do país. Falo de Santarém como podia falar de Setúbal e da Grande Lisboa, áreas como Sintra, como a Amadora ou Queluz», disse o ministro da Saúde.

«É de facto paradoxal que estando nós com a maior concentração [na Grande Lisboa] de profissionais de saúde, nomeadamente médicos, do território nacional, tenhamos problemas às vezes mais sérios em Santarém e Setúbal do que temos no interior profundo do País», declarou, citado pela “Lusa”.

Nesse sentido, Adalberto Campos Fernandes disse que o Governo pretende «arrumar no bom sentido do termo» até final da legislatura, as respostas que as populações possuem como «legítima expectativa» e o “casamento” entre a oferta e procura de cuidados de saúde.

Na sessão, o governante frisou que, em julho, o Serviço Nacional de Saúde assistirá à «maior colocação de médicos de família de que há memória» a nível nacional, explicando, no final, em declarações aos jornalistas, que são 338 jovens médicos «mais os aposentados que possam vir e tenham vontade de trabalhar no SNS».

Questionado se esta resposta não fica aquém das necessidades, Adalberto Campos Fernandes respondeu: «É o melhor resultado que vamos conseguir e reconstruir ou recuperar a falta de respostas, em seis meses [de Governo], apesar de estarmos ao pé de Fátima, não é fácil».