Ministro da Saúde diz que haverá «fortes penalizações» para prestadores que não cumpram contratos 504

Ministro da Saúde diz que haverá «fortes penalizações» para prestadores que não cumpram contratos

02 de Janeiro de 2015

O ministro da Saúde assegurou ontem que vai aumentar o «nível de exigência» na contratação de entidades prestadoras de serviços e que vão ser criadas «forte penalizações» para quem não cumprir «aquilo com que se comprometeu».

Em Guimarães, numa visita aos serviços de maternidade e urgência no Hospital de Nossa Senhora de Oliveira, Paulo Macedo explicou à “Lusa” que a escolha de uma entidade para prestar serviços de saúde, «sempre em situação de recurso», é feita por concurso público, mas referiu que os prestadores selecionados têm mostrado «falta» de capacidade em responder quando são solicitados.

O titular da pasta da Saúde referia-se às dificuldades de acesso às urgências do Hospital Amadora-Sintra na época natalícia por falta de médicos, com casos de utentes que esperaram 20 horas para serem atendidos, e à dificuldade sentida pela unidade hospitalar para contratar profissionais para a noite de Ano Novo.

«Vamos ser mais exigentes com as empresas ou entidades unipessoais no conjunto de critérios com que se vão apresentar a concurso e criar fortes penalizações para quem está a contratar com o Estado, que está de boa-fé, e depois não cumpre», assegurou Paulo Macedo.

Segundo o ministro, que salientou haver «cada vez menos recursos à contratação de prestadores de serviços» nos hospitais portugueses, a medida «deve ser a exceção», mas, quando ocorre, tem de ser através de um concurso público no qual uma empresa ou pessoal se compromete com vários pressupostos.

«As empresas concorriam e diziam que tinham uma capacidade e depois quando esta empresa com quem o hospital contratava era chamada em vários casos não tinham esses recursos», explicou.

Ainda sobre as urgências, Paulo Macedo deu conta de que na noite de quarta-feira para quinta «não houve casos a assinalar» pelo país, não se tendo registado tempos de espera «fora do normal» e com a «normalidade» de volta ao serviço de urgências no Hospital Amadora-Sintra.

O governante realçou ainda uma diminuição no recurso às urgências hospitalares em relação à quadra natalícia para a qual o alargamento de horários em alguns centros de saúde, nomeadamente na Grande Lisboa, terá contribuído.

«Cerca de 17 centros de saúde [na área de Lisboa] prolongaram o horário dia 30, 31 e 1 de janeiro, o que contribuiu para que as pessoas não recorressem tanto às urgências. Além disso, lançámos uma campanha na linha Saúde 24 para as pessoas contatarem primeiro e só depois se dirigirem para as urgências», apontou.