Ministro da Saúde está a trabalhar em concurso para especialidades «em falta»
08-Abr-2014
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou ontem que quer ver especialidades que estão «em falta» nos hospitais portugueses a serem alvo de um «concurso», destacando a anestesiologia que «deve acompanhar a qualidade dos blocos operatórios» nacionais.
«A anestesiologia é uma prioridade para nós, porque sem ela não funcionam os blocos operatórios. Há uma grande capacidade dos hospitais públicos e uma grande qualidade de cirurgiões e por vezes falta alguém da equipa de anestesistas», disse Paulo Macedo.
O ministro falava de novos concursos para a área da Saúde, tendo admitido que existem «especialidades hospitalares com falta de profissionais», entre as quais a anestesiologia e a radioterapia.
«Vamos começar a trabalhar num concurso para as especialidades em que temos especialmente falta. Temos, ao longo dos anos, especialidades em que nunca tivemos o número suficiente de médicos», referiu o ministro da Saúde, citado pela “Lusa”.
Paulo Macedo falava aos jornalistas à margem de uma cerimónia de homenagem aos Bombeiros de Portugal que decorreu, esta tarde, no Hospital da Prelada, no Porto, com a participação, também, do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que garantiu estar «atento» à necessidade de «acautelar» a operacionalidade nesta área.
«Estamos a fazer tudo o que podemos para reforçar as componentes da formação [de bombeiros]. Esperemos que uma parte importante do dispositivo tenha os equipamentos de proteção individual mais modernos e mais eficazes este ano», referiu Miguel Macedo.
Já durante a cerimónia, o ministro da Administração Interna vincou o exemplo «extraordinário de entrega aos valores de solidariedade» dos bombeiros e a «qualidade humana» dos profissionais de saúde que foram chamados a prestar auxilio nos incêndios do verão passado.
Paulo Macedo também elogiou os profissionais da Prelada, assim como de outras unidades de saúde que receberam e trataram vítimas de incêndios, nomeadamente nos meses de verão, um período ao qual o ministro da Saúde chamou de «situação de exceção», pelo número de casos de morte de bombeiros.