Ministro da Saúde estima abrir 20 a 25 novas USF ainda este ano 28 de Maio de 2015 O ministro da Saúde estimou ontem que este ano abram entre 20 a 25 novas unidades de saúde familiar (USF), que estão já dentro do orçamento previsto para as administrações regionais de Saúde. Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ontem apresentado em Lisboa, sugere a Portugal uma aposta nas USF, para que toda a população tenha o mesmo tipo de qualidade de tratamento ao nível dos cuidados de saúde primários. O ministro Paulo Macedo admitiu que há «uma assimetria em termos de resultados» no que respeita aos cuidados de saúde primários (USF ou tradicionais centros de saúde) e comprometeu-se a «continuar um esforço de abertura de USF», citou a “Lusa”. Contudo, avisou que é preciso «mais rigor» na abertura de novas unidades, citando a esse propósito recomendações do Tribunal de Contas. Das 38 candidaturas existentes, o ministro admitiu que abram ainda em 2015 entre 20 a 25 novas USF, indicando que algumas das candidaturas estão ainda pendentes do recrutamento de pessoal, de obras ou da conclusão de especialidades por parte dos médicos. O governante indicou que estas USF já «e encontram cabimentadas por parte das Administrações Regionais de Saúde (ARS)». Paulo Macedo sublinhou ainda que atualmente há menos candidaturas a USF do que no início da reforma, há cinco anos, mas, ainda assim, nos últimos quatro anos foram abertas mais de 100. «O PS propõe abrir 100 unidades na próxima legislatura, quando nós, neste período de crise, abrimos mais de 100», afirmou aos jornalistas à margem da apresentação do relatório da OCDE. Sobre o documento, Macedo sublinhou a avaliação «extremamente positiva» sobretudo por analisar um período de crise financeira e restrições orçamentais. Em relação às falhas apontadas, o ministro considerou o número de recomendações feitas a Portugal foi semelhante ao de outros países, como Dinamarca ou Noruega. A OCDE sugeriu a Portugal uma «reflexão estratégica» na área dos cuidados de saúde primários, sobretudo no que respeita ao equilíbrio entre os tradicionais centros de saúde e as unidades de saúde familiar, de forma a garantir que a «os cuidados de elevada qualidade são acessíveis a toda a população portuguesa». Além disso, apontou falhas em aspetos como as infeções hospitalares e as cesarianas, com o ministro a lembrar que são duas áreas nas quais estão a ser desenvolvidos programas e melhoramentos. O relatório apontou também um desequilíbrio entre o número de enfermeiros e de médicos, bem como propôs o alargamento das funções dos enfermeiros e a plena adoção do papel do enfermeiro de família. |