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Ministro da Saúde insiste que greve dos médicos tem motivos políticos

4 de julho de 2014

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, voltou ontem a atribuir motivos políticos à greve dos médicos convocada pela Federação Nacional dos Médicos, para terça-feira e quarta-feira, alegando que «as reivindicações foram atendidas».

Para Paulo Macedo, a paralisação «não tem motivos laborais concretos», mas antes «um conjunto de razões difusas, de ordem política».

O ministro, que falava à imprensa, em Lisboa, disse que «as reivindicações foram atendidas e negociadas», acrescentando que, ao abrigo do acordo em vigor entre tutela e sindicatos, «houve um conjunto de benefícios concretos para os médicos».

O titular da pasta da saúde participou no encerramento de uma reunião de peritos sobre a modernização da educação dos profissionais do setor, uma iniciativa promovida pela Organização Mundial de Saúde, a convite de um jovem médico português.

A Federação Nacional dos Médicos alega que o Ministério da Saúde não cumpre o acordo a que chegou com as estruturas sindicais e representativas dos médicos.

Solidária com o protesto dos clínicos, a Ordem dos Médicos convidou, na terça-feira, os doentes a juntarem-se na próxima semana numa concentração em frente ao Ministério da Saúde.

Para o primeiro dia de greve está agendada uma concentração à porta do ministério.