O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, preside, esta quarta-feira, dia 23 de novembro, à Cerimónia Comemorativa dos 50 anos da Ordem dos Farmacêuticos, com início a partir das 15:00 horas, no Museu do Tesouro Real (Palácio da Ajuda), em Lisboa.
O programa da Cerimónia Comemorativa contempla uma conferência da presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Maria do Céu Patrão Neves, com o tema “A Ética das Escolhas”, que será depois comentada numa Mesa Redonda com a participação do presidente do INFARMED, Rui Santos Ivo, do bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e do presidente da União das Associações de Doenças Raras, Paulo Gonçalves, numa moderação de Carla Torre, professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Os desafios na área da saúde para os próximos 50 anos “são muitos, particularmente em matérias que se relacionam com inovação terapêutica, modelos de financiamento e sustentabilidade dos sistemas de saúde, e as decisões políticas têm consequências determinantes não só no exercício da atividade dos profissionais de saúde, mas, também, e principalmente, no acesso universal dos cidadãos aos melhores cuidados de saúde”, lê-se em comunicado.
A Ordem dos Farmacêuticos vai também homenagear farmacêuticos e personalidades que se têm distinguido na defesa, valorização e desenvolvimento da profissão farmacêutica. O espaço do Museu do Tesouro Real acolhe ainda uma exposição artística de autores farmacêuticos, dando a conhecer as obras e os trabalhos destes profissionais em domínios além das Ciências Farmacêuticas.
A Ordem dos Farmacêuticos comemora este ano o 50.º aniversário da sua constituição formal. Os seus primeiros Estatutos foram aprovados pelo Decreto-Lei n.º 334/72, assinado pelo pai do atual Presidente da República, Baltazar Rebelo de Sousa, então ministro das Corporações e Previdência Social.
As suas origens remontam, contudo, a 1835, com a fundação da Sociedade Farmacêutica Lusitana, num modelo que perdurou até 1929, quando o Estado Novo obrigou à transformação das sociedades científicas e associações profissionais em sindicatos. Até 1972, os farmacêuticos reclamaram a criação da sua Ordem profissional, à semelhança do que acontecia com advogados, engenheiros e médicos, formando desde então o conjunto das quatros Ordens profissionais portuguesas mais antigas.