Ministro da Saúde promete defender SNS «sem crispação 30 de Novembro de 2015 O novo ministro da Saúde garantiu defender «sem crispação» o Serviço Nacional de Saúde (SNS), destacando a promoção da Saúde como um «importante capítulo no programa do Governo». «Contamos muito convosco e garanto-vos que quer eu, quer a equipa do secretário de Estado da Saúde [Fernando Araújo] (…) vamos fazê-lo sem crispação, num diálogo que procure fazer uma construção de um caminho onde naturalmente teremos de ser resilientes perante as adversidades, teremos que assumir com humildade os erros e contamos, para isso, com a vossa ajuda», declarou, Adalberto Campos Fernandes, no encerramento do XVIII Congresso Nacional de Medicina, que terminou hoje no Porto. O ministro da Saúde recusou-se hoje a falar das linhas programáticas para a Saúde, porque o programa do Governo ainda não foi aprovado pelos membros eleitos pela Assembleia da República, mas declarou que vinha trazer uma «mensagem de incentivo e de confiança». «Os objetivos de defesa do Serviço Nacional de Saúde que nós temos proclamado na retórica e na escrita ao longo dos últimos anos, e de defesa de promoção de saúde, integram um importante capítulo no programa do Governo, relativo àquilo que nós chamamos prioridade às pessoas», disse, garantindo que «ao longo da legislatura» vai ser esse «o traço identitário da ação governativa». Para Adalberto Campos Fernandes, defender o SNS é antes de mais «defender uma medicina de qualidade» e para isso pediu aos médicos colaboração. «À volta de uma mesa numa discussão, a discussão terminará sempre e só quando nos entendermos sobre uma coisa: qual é o interesse público. Nós todos estamos orientados para servir uma coisa só. O interesse público e os nossos interesses são secundários», advertiu o ministro sobre um setor com «muitas corporações, com muita pressão», dizendo que se tem de estar ao «serviço dos doentes» e da «dignidade humana». «Temos bem presente a ideia de que o SNS de qualidade constitui um pré-requisito fundamental para uma sociedade mais justa e mais equilibrada. Estamos por isso convictos da necessidade de conjugar esforços com todos os profissionais de saúde (…), bem como da importância de gerar convergência nas iniciativas apenas com um objetivo muito simples: dar um fôlego às aspirações das pessoas, valorizar os seus direitos e dando oportunidade de que possam realizar as suas expectativas». Adalberto Campos Fernandes referiu que o SNS «é a grande conquista dos portugueses e da democracia portuguesa» e argumentou que se tina de «inverter a situação e recuperar a confiança dos portugueses», citou a “Lusa”. |