Ministro da Saúde promete para breve internalização do consumo de plasma 683

Ministro da Saúde promete para breve internalização do consumo de plasma

 


13 de março de 2017

O ministro da Saúde disse hoje que, «em breve, o Governo estará em condições de cumprir o que prometeu» relativamente à capacidade do país «internalizar» o consumo de plasma e ter a menor dependência possível dos privados.

«Foi criado um grupo de trabalho e o presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação [IPST] tem um mandato para executar um conjunto de políticas e de alterações instrumentais que visem corrigir a situação que levou ao desperdício do plasma português», disse o ministro Adalberto Campos Fernandes.

Questionado pelos jornalistas, à margem do Fórum Nacional Serviço Nacional de Saúde, a decorrer hoje em Santo Tirso, o presidente do IPST garantiu que, a partir de maio, os hospitais portugueses poderão comprar plasma ao instituto.

A partir desse mês, «os hospitais que necessitem de plasma para transfusão ou de medicamentos derivados do plasma terão de recorrer aos mecanismos que estão previstos e que estão contemplados na circular informativa onde estão explicados todos os procedimentos a fazer», afirmou o responsável.

«Temos indicação concreta de que todo o plasma que temos com um dos métodos de inativação já está todo comprometido para os hospitais portugueses. E, portanto, o IPST já acautelou e está a desenvolver todos os procedimentos para que sejamos, a breve trecho, reabastecidos desse tipo de plasma que é, repito, português, exclusivamente português», frisou, citado pela “Lusa”.

Segundo explicou aos jornalistas, o «país é autossuficiente em plasma, mas não tem quantidade que permita o fracionamento de plasma que satisfaça todas as necessidades em medicamentos derivados. Em plasma para transfusão sim, o país é autossuficiente».

«O que pretendemos com o plano estratégico operacional é que todo o plasma português seja aproveitado, que não haja qualquer desperdício. Hoje estamos a tomar todas as medidas, todas as cautelas e todos os mecanismos estão previstos para que isso aconteça», frisou.