Ministro da Saúde reafirma necessidade de grande consenso sobre SNS 24 de setembro de 2014 O ministro da Saúde reafirmou ontem a necessidade de um consenso alargado em Portugal, nomeadamente político, para preparar um serviço nacional de saúde a longo prazo, como preconiza um documento apresentado em Lisboa. O documento, “Um Futuro para a Saúde – todos temos um papel a desempenhar”, foi feito por vários peritos nacionais e internacionais, em resposta ao convite da Plataforma Gulbenkian para um Sistema de Saúde Sustentável para construir uma nova visão do Sistema Nacional de Saúde (SNS). Após a apresentação do relatório, na Fundação Gulbenkian, o ministro salientou a novidade de haver pela primeira vez em Portugal um estudo para um horizonte temporal para 25 anos, no qual se diz que se pode construir o futuro partindo do SNS. Depois o documento, disse o ministro aos jornalistas, faz recomendações, algumas das quais o Governo está a «iniciar» e outras para as quais é preciso «um consenso mais alargado» na sociedade. Um consenso político, «porque só assim é possível estar numa área que os portugueses consideram fundamental num horizonte de grande prazo», disse Paulo Macedo, acrescentando que o documento apresentado é «uma boa base». «Penso que em teoria há acordo nesta área, a questão é de como é que se materializa e os timings, mas é nossa obrigação e do Governo procurar esse consenso», disse o ministro, citado pela “Lusa”. Paulo Macedo disposto a debater Conselho Nacional de Saúde O ministro da Saúde afirmou-se sensível e disposto a debater a criação de um Conselho Nacional de Saúde, proposta de um relatório sobre o futuro da Saúde em Portugal, patrocinado pela Fundação Calouste Gulbenkian. «É relevante e importa discutir», disse o ministro no final da apresentação do relatório, uma cerimónia durante a qual o presidente da Gulbenkian, Artur Santos Silva, apresentou como desafios para a própria instituição, nos próximos anos, a redução da diabetes, a diminuição das infeções hospitalares e uma melhor saúde para as crianças. «São desafios cujo combate já começamos», respondeu o ministro Paulo Macedo, acrescentando que com o contributo da Gulbenkian haverá «dados mais positivos». Afirmando que o relatório soube juntar ambição e humildade, o ministro salientou ainda que o documento elogia o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que convoca um «pacto para a saúde», e que é ambicioso e que merece reflexão. Sobre o SNS o governante disse que o serviço é hoje «uma marca» e que assume como desafio torna-lo mais «transparente», o que exige uma contínua prestação de contas aos utentes no sentido de informar como são gastos os recursos e como se transformam em ganhos os investimentos que são feitos na saúde. De resto disse que o Ministério acompanha as conclusões sobre as doenças crónicas, sobre as quais se preconiza no relatório «a melhoria das condições para a gestão» dessas doenças, tendo como alvo «5,5 milhões de pessoas que padecem de uma ou mais patologias crónicas». |