Ministro da Saúde: Sede da EMA no Porto seria justo reconhecimento para Portugal 433

Ministro da Saúde: Sede da EMA no Porto seria justo reconhecimento para Portugal

 


20 de setembro de 2017

O ministro da Saúde defendeu hoje, em Bruxelas, que a atribuição da sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) à cidade do Porto constituiria um justo reconhecimento a Portugal pela sua «história de sucesso».

«Nós entendemos que a ida da EMA para o Porto é também o reconhecimento daquilo que tem sido o trabalho dos portugueses, o trabalho de Portugal, e nesse sentido temos sensibilizado também as autoridades com quem temos falado que Portugal merece este tipo de reconhecimento, porque está a fazer aquilo que lhe compete», afirmou Adalberto Campos Fernandes.

O ministro, que falava aos jornalistas após encontros, na sede do executivo comunitário, com o comissário europeu da Saúde, Vytenis Andriukatis, e com o comissário português Carlos Moedas, responsável pela pasta da Investigação, Ciência e Inovação, disse sair de Bruxelas «muito motivado» e confiante nas possibilidades do Porto, que considerou ter «uma candidatura com potencial de ganhadora».

«O Porto mobilizou-se nos últimos meses e apresentou reconhecidamente uma candidatura de enormíssima qualidade. Estamos confiantes de que na primeira linha de apreciação que a Comissão está agora a concretizar, que é a apreciação técnica, sairemos muito bem», declarou.

Classificando a ronda de contactos de hoje em Bruxelas como «muito produtiva», o ministro disse que o propósito das reuniões, que envolveram também os representantes permanentes dos Estados-membros, foi «explicar detalhadamente que o Porto tem uma candidatura muito forte, que está em condições de assegurar aquilo que é mais significativo para a EMA, que é a continuidade da atividade».

Questionado sobre os méritos próprios da candidatura portuguesa, sublinhou que «o Porto tem a vantagem de ser uma cidade de média de dimensão, numa zona de grande atividade e dinamismo, não apenas económico mas também cientifico e cultural, vive num ambiente de segurança, representa um contexto de custos para os próprios trabalhadores da EMA que têm que se deslocar que é muito competitivo», bem servido de transportes, e «tem um ambiente académico, cientifico, industrial muito relevante», citou a “Lusa”.

«Portanto, consideramos que o Porto preenche as condições que a EMA necessita, num país que merece também ser reconhecido pela Europa por aquilo que está a ser a sua história de sucesso. Isto é uma maratona, ainda faltam cerca de 60 dias até à decisão final do Conselho, mas saímos daqui muito motivados e sobretudo confiantes de que estamos a fazer o nosso trabalho e confiantes de que a candidatura nacional portuguesa representada pela cidade do Porto é uma candidatura com potencial de ganhadora», reforçou.

Acompanhado da secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, o ministro desvalorizou a ausência do presidente da Câmara Municipal do Porto nesta deslocação a Bruxelas, apontando que o autarca «está envolvido numa tarefa autárquica e em campanha eleitoral», pelo que é perfeitamente compreensível que Rui Moreira não tenha podido participar nas reuniões hoje realizadas na capital da União Europeia.