Ministro diz estar prevista substituição de médicos cubanos que saem do Serviço de Saúde 546

Ministro diz estar prevista substituição de médicos cubanos que saem do Serviço de Saúde
12-Maio-2014

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou no sábado que o contrato celebrado com Cuba prevê a substituição dos médicos daquele país que abandonam o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por outros profissionais, e que tal «tem sido possível».

«O que pretendemos é que os portugueses tenham assistência e, se há uma quebra da parte do contrato, que haja uma substituição de médicos, [para] prestarem essa assistência», disse Paulo Macedo, no Porto, à margem do 6.º Encontro de Unidades de Saúde Familiar.

O “Diário de Notícias” revelou que vários médicos cubanos contratados para trabalhar em centros de saúde não cumpriram o contrato de três anos que estava estabelecido e que foi assinado entre o Governo português e o de Cuba.

«Alguns deixaram o SNS para trabalharem no setor privado, em empresas de prestação de serviços» e, nestes casos, «quem paga é o utente, já que tem de esperar ainda mais por uma consulta», indicou o diário.

Segundo Paulo Macedo, o Governo «não interfere na liberdade» dos médicos cubanos, lembrando que o protocolo é estabelecido entre estados e é Cuba que estabelece o contrato com os médicos.

«Portugal não tem interferência na relação entre um e outro, o que nós queremos é que seja respeitada a legislação, as regras do país, designadamente a possibilidade que os médicos têm de continuarem a querer permanecer cá ou não, e de estarem ao serviço do SNS ou não, tendo a certeza de que é cumprida a substituição desses profissionais por outros, o que tem sido possível», afirmou o governante citado pela “Lusa”.

Paulo Macedo destacou, contudo, que o objetivo do Governo é que este tipo de contratos entre estados deixe de ser feito «a médio/longo prazo».

«O que desejamos é que dentro de alguns anos não haja necessidade de recorrer à contratação de médicos estrangeiros», concluiu.