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Ministro diz que mercado de trabalho dos médicos é internacional

07 de novembro de 2014

O ministro da Saúde considerou hoje natural a saída de médicos de família para países como a França, onde os ordenados rondam os 15 mil euros mensais, uma vez que o mercado de trabalho é internacional, avançou a “Lusa”.

A falta de clínicos em França ou na Irlanda está a levar aqueles países a recrutar profissionais portugueses, oferecendo-lhes cerca de 15 mil euros mensais, quando em Portugal o salário destes profissionais em início de carreira é de 2.746 euros brutos, revela a edição de hoje do “Diário de Notícias”.

Questionado sobre esta situação, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu que o mercado de trabalho de «qualquer profissão diferenciada, das pessoas com competências específicas, (…) é o mercado internacional», lembrando nomes de profissionais que foram trabalhar para fora «e regressaram como mais-valias», como João Lobo Antunes, Manuel Antunes ou Sobrinho Simões.

«O valor que nós pagamos aos nossos médicos, quer quando acabam a licenciatura, quer quando acabam a especialidade, é do valor mais alto que pagamos a qualquer licenciado em Portugal. (…) À saída da faculdade, no Estado e mesmo no sector privado, em muitos casos, ninguém paga valores tão elevados como nós pagamos aos médicos. E também, ao fim de quatro anos, são dos valores mais altos que qualquer licenciado ganha em Portugal», defendeu Paulo Macedo, à margem da cerimónia de tomada de posse do novo conselho diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

O ministro reconheceu que possam existir «eventuais problemas de remuneração dos médicos, mas em graus e outros níveis de experiência na carreira».

«Obviamente que nós temos como objetivo fixar um conjunto de médicos em Portugal e inclusive temos o caso de vários médicos que foram estudar para o estrangeiro e estão a voltar para Portugal para fazer a sua formação», afirmou.