Ministro garante que portaria sobre classificação dos hospitais não é estática
28-Abr-2014
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, garantiu no dia 24 de abril que a polémica portaria sobre a classificação dos hospitais é apenas «uma referência» que não é «minimamente estática».
Paulo Macedo falava na apresentação do serviço telefónico de apoio aos idosos Saúde 24 Sénior.
Questionado sobre a polémica que tem envolvido a portaria publicada a 10 de abril e que classifica os hospitais determinando que alguns fiquem sem certas valências, Paulo Macedo disse que esta «é apenas uma peça em todo o processo da reforma hospitalar que foi desencadeada».
O ministro referia-se nomeadamente à intervenção que teve na área do medicamento, dos recursos humanos e no pagamento das dívidas.
Em relação às valências – matéria que esta portaria aborda – Paulo Macedo sublinhou que haverão hospitais que terão valências que até agora não tinham e outros, porém, poderão perder outras valências.
«Esta referência não é minimamente estática. É um guia para os planos estratégicos dos hospitais e depende ainda do que venha a ser os centros de excelência e de referência» adiantou.
Segundo a “Lusa”, Paulo Macedo frisou ainda que esta portaria ter um anexo que vai sendo «desenvolvido de acordo com a realidade».
O ministro deixou a garantia de que serão ponderados os serviços de excelência, que «devem ser preservados».
No entanto, advertiu: «não é para tudo ser amovível e para não ser mudado se essa mudança for para melhor».
Sobre o serviço Saúde 24 Sénior, que inclui um novo algoritmo dedicado às pessoas de 75 anos, o ministro destacou a importância do mesmo averiguar os casos de idosos isolados.
Este serviço gerido pela mesma empresa responsável pela Linha de Saúde 24 leva em conta a população sénior em Portugal: 900.000 pessoas com mais de 75 anos e 400.000 idosos a viverem sozinhos.
O serviço é acionado após uma inscrição voluntária do idoso ou do seu cuidador, que um mês depois será contactado por profissionais da linha para averiguar o estado de saúde física e mental.
Nos casos de isolamento em que sejam identificadas situações de risco, estes são encaminhados para as entidades competentes.