Ministro: Portugal «disponível» para apoiar Cabo Verde na vigilância ao Ébola 395

Ministro: Portugal «disponível» para apoiar Cabo Verde na vigilância ao Ébola

31 de julho de 2014

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse ontem que Portugal está disponível para apoiar Cabo Verde na vigilância epidemiológica do vírus do Ébola, que continua a alastrar-se em outros países da África Ocidental, como Serra Leoa e Libéria.

Paulo Macedo, que falava aos jornalistas para fazer o balanço da visita de dois dias a Cabo Verde, disse que as autoridades de saúde cabo-verdiana ainda não pediram qualquer apoio, mas garantiu que, caso venha a acontecer, Portugal está disponível para ajudar na prevenção, indicou a “Lusa”.

Cabo Verde ainda não registou qualquer caso de Ébola, mas o Governo reforçou a vigilância nos Portos e Aeroportos do país para estar preparado para agir adequadamente.

A ministra da Saúde cabo-verdiana, Cristina Fontes Lima, disse, na semana passada, que o perigo de entrada do vírus em Cabo Verde «existe» e que o país tem de fazer tudo e estar preparado para agir «rapidamente», com ações de prevenção e seguir todas as instruções.

Paulo Macedo confirmou que Portugal vai apoiar a Guiné-Bissau com 15 toneladas de medicamentos para prevenir o Ébola, mas sublinhou que Cabo Verde não corre os mesmos riscos com esta epidemia, que desde janeiro alastra-se pela África Ocidental, tendo já causado centenas de mortos na Libéria e na Serra Leoa.

«Felizmente, Cabo Verde não tem as necessidades da Guiné-Bissau em termos de medicamentos e de oferta imediata. A Guiné-Bissau solicitou um apoio e vai ser concedido pelo Governo português para a prevenção do Ébola, mas também para outras questões emergentes», sublinhou Paulo Macedo.

Tal como Cabo Verde, a Guiné-Bissau ainda não foi contagiado, mas as autoridades já estão a trabalhar num plano de emergência, de que consta um programa de prevenção sanitária.

Sobre a visita de dois dias a Cabo Verde, em que o ponto principal foi a inauguração do centro de hemodiálise do país, infraestrutura que contou com financiamento de Portugal, Paulo Macedo reafirmou que serviu para os dois países lançarem «novos patamares de cooperação» em áreas como formação de técnicos, oncologia, regulamentação e compras centralizadas.