Morreu doente transferido de Faro para Coimbra, alegadamente recusado no S. José 29 de Dezembro de 2015 O homem de 74 anos que foi transferido de Faro para Coimbra depois de alegadamente ter sido recusado no S. José, em Lisboa, morreu ontem, disse à agência “Lusa” fonte dos hospitais de Coimbra. Segundo fonte do gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o idoso faleceu entre as «00:00 e as 00:30 de hoje [ontem], na Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC)». O septuagenário estava em coma em Coimbra, para onde tinha sido transportado de ambulância no dia 15 de dezembro, às 03:00, depois de alegadamente o hospital de São José, em Lisboa, ter recusado receber o doente de Faro para tratar um AVC isquémico. O Centro Hospitalar do Algarve garantiu no domingo que foram cumpridas todas as normas de transferência de doentes. À agência “Lusa”, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Pedro Nunes, anunciou no domingo que vai ser aberto um inquérito para averiguar o caso, apesar de ainda não ter conhecimento formal de qualquer queixa apresentada pela família do utente, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando se encontrava na urgência do hospital de Faro. O responsável sublinhou que a transferência de doentes é feita e organizada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e, em condições ideais, de helicóptero, o que não acontece caso haja algum problema clínico que não permita ao utente fazer a viagem neste modo de transporte ou se as condições climatéricas forem impeditivas de fazer o voo. “Quando isso acontece, o transporte é feito de ambulância e o hospital de Faro assegurou, como lhe compete, que o doente era transferido com o acompanhamento de um médico e de um enfermeiro especializados em cuidados intensivos», contrapôs o administrador do CHA. Pedro Nunes disse também que o utente necessitava de ser atendido pela neurorradiologia e, como em Faro não há esse serviço, o hospital avançou para a sua transferência para uma unidade de referência prevista para o efeito e que «não tem de ser obrigatoriamente São José, pode ser, por exemplo, Santa Maria», também em Lisboa, sublinhou. |