Mortágua critica “maus resultados” da entrega da vacinação às farmácias privadas 666

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, considerou esta quinta-feira que a entrega do plano de vacinação às farmácias privadas deu “maus resultados” e lamentou que se tenha “deitado fora” a experiência e a capacidade do Serviço Nacional de Saúde para prestar esse serviço.

“Que o plano de vacinação foi mal executado não é matéria de opinião. Há menos pessoas vacinadas este ano do que havia antes da pandemia”, disse Mariana Mortágua à saída de uma reunião com a direção do Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, citada pela Lusa.

De acordo com a líder bloquista, há diversas associações de especialistas em saúde “a criticarem a opção de entregar a vacinação às farmácias”, ou seja, a entidades privadas, referindo que “há uma corrida às urgências porque há menos pessoas vacinadas”.

“É a altura de reconhecer o que foi feito de errado e o que foi feito de certo. O que foi feito de certo é termos capacidade no SNS para vacinar, com qualidade. Vamos apostar nela, vamos confiar nela, não vamos abdicar dessa capacidade entregando a privados que fazem pior o serviço que o público faz”, apelou.

Segundo Mariana Mortágua, Portugal tem “um bom registo de capacidade de vacinação da população”, sendo “dos melhores da Europa, talvez dos melhores do mundo”, com capacidade instalada, “bons responsáveis de saúde pública, centros de saúde que estão a fazer esse trabalho e utentes que estão habituados a ir ao centro de saúde”.

“A pergunta é que porque é que deitámos fora tanta experiência, tanta capacidade que durante a pandemia provou o que valia e conseguiu vacinar os portugueses em tempo recorde e agora deitou-se tudo isso fora para entregar às farmácias esta vacinação com maus resultados”, questionou.

Estratégia de vacinação sazonal “não falhou”

Para a coordenadora do BE, “a prova que há maus resultados é que o Governo acabou de pedir aos centros de saúde para reforçarem a vacinação porque há um défice de vacinação na população com níveis de risco maiores, mas também em geral”.

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