Mosquito que transmite o zika e o dengue foi detetado em Portugal 248

As autarquias, empreendimentos turísticos e entidades do setor agrícola, industrial, entre outras, devem adotar medidas de prevenção e controlo do mosquito que transmite o zika e o dengue, que já foi detetado em Portugal, recomenda a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Numa orientação publicada no seu site e referida pela Lusa, a DGS alerta que, perante a deteção da espécie invasora, Aedes albopictus, em diferentes freguesias e concelhos de Portugal continental, importa reforçar os mecanismos de prevenção e controlo visando a redução da abundância ou eliminação desta espécie de mosquito.

Segundo a DGS, as deteções mais recentes em Portugal do mosquito invasor têm correspondência ao nível de risco 1 (amarelo), numa escala de 0 a 3, definida segundo os diferentes cenários relativamente à presença de mosquitos Aedes e deteção de casos de doença, conforme definido no Plano Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças Transmitidas por Vetores.

“Com base nas análises entomológicas da rede REVIVE, não foi verificada, até à data, a presença de agentes patogénicos nos mosquitos, nem foram reportados casos autóctones de doenças para as quais o vetor é competente”, salienta.

As atividades de prevenção e controlo vetorial implicam o envolvimento de diferentes setores, nomeadamente autarquias, turismo, hotelaria, ambiente, veterinária, agricultura, indústria, comércio, entre outros, complementando os esforços do setor da saúde na prevenção e controlo das doenças transmitidas pelos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, como a febre de dengue, chikungunya, zika, febre-amarela, todas de notificação obrigatória, e a infeção por parasita dirofilária.

As pessoas envolvidas nas ações de prevenção e controlo vetorial devem usar vestuário que cubra o corpo todo e o uso de repelentes.

A presença de mosquitos invasores Aedes em Portugal iniciou-se com a deteção de Aedes aegypti na Madeira em 2005. A espécie Aedes albopictus foi introduzida no continente em 2017 no Norte (Penafiel), em 2018 no Algarve (Loulé) e em 2022 no Alentejo (Mértola).