Um grupo de cidadãos preocupado com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), lançou o movimento cívico #SOSSNS, e apresentou hoje 10 medidas urgentes para implementar na área da saúde em Portugal.
A apresentação foi em frente ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com a presença dos bastonários das Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos, assim como de representantes de associações de doentes e dos estudantes de Medicina e de Ciências Farmacêuticas.
As medidas passam por “aumentar o acesso a todos os cuidados de saúde”, recuperar num ano a atividade prejudicada pela covid-19 através de um “programa excecional” e cumprir os Tempos Máximos de Resposta Garantidos em todas as especialidades.
Para além disso propõem que no prazo de seis meses se aperfeiçoe a integração entre cuidados de saúde de proximidade e hospitalares, encurtando o tempo de espera de doentes prioritários e evitando idas desnecessárias aos hospitais.
Integrar e expandir a hospitalização domiciliária, capacitar e organizar o Serviço Nacional de Saúde para ter como resposta complementar a medicina à distância, monitorizar com mais frequência alguns doentes crónicos, garantir a proximidade na dispensa de medicamentos e o acesso à inovação terapêutica e tecnológica são outras medidas defendidas.
Outras das medidas apresentadas foi o “projeto 10 milhões de Portugueses – mais literacia, mais prevenção, mais participação”, assim como a reorganização dos serviços hospitalares em unidades de cuidados integrados, centros de responsabilidade integrados e um aumento do financiamento do SNS na ordem dos 7,5% ao ano, nos próximos cinco anos.
Estas medidas foram propostas tendo em conta o impacto da pandemia na saúde, e seus efeitos na economia, e por se achar que este é o momento ideal para o fazer, enquanto o Orçamento Suplementar do Estado está em discussão na Assembleia da República.