Mpox: Aliança de Vacinas GAVI cria reserva global de vacinas contra a doença 345

A Aliança de Vacinas (GAVI) anunciou esta quinta-feira (15) a criação de uma reserva global de vacinas contra a mpox, doença que mobilizou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência global devido a um surto em África.

A medida foi anunciada por esta entidade, que é conhecida por atuar junto de países de baixos recursos, um dia depois do anúncio e alerta da OMS sobre o surto de mpox na República Democrática do Congo (RDCongo) que se espalhou por países vizinhos.

No início desta semana, a agência de saúde da ONU pediu aos fabricantes de vacinas contra a mpox que apresentassem pedidos de autorização para uso de emergência, o que permitiria a sua distribuição a organizações como a GAVI, que colabora regularmente com a ONU, ou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Com estas vacinas a GAVI pretende criar reservas de vacinas contra a mpox a partir de 2026, como parte da sua estratégia para os próximos cinco anos.

Paquistão alerta para primeiro caso no país

O Paquistão anunciou hoje (16) o primeiro caso de mpox no seu território, dois dias depois da Organização Mundial de Saúde ter ativado o mais alto nível de alerta de saúde internacional face ao ressurgimento de casos em África.

“O primeiro caso de mpox foi confirmado no Paquistão”, anunciou o porta-voz do Ministério da Saúde, em comunicado, citado pela Lusa, acrescentando que a pessoa infetada veio de um país do Golfo.

China toma medidas para proteção

A China aplica a partir de hoje (16) medidas de vigilância nas fronteiras do país para evitar a propagação do vírus mpox, obrigando todos os aviões e navios provenientes de zonas afetadas pela doença a cumprir medidas sanitárias, avança a lusa.

As autoridades chinesas estabeleceram protocolos de rastreio para os viajantes provenientes de regiões com surtos ativos da doença. Os novos controlos centram-se na deteção de sintomas como febre, dores de cabeça e erupções cutâneas nos viajantes.

Estas medidas, que vão estar em vigor durante os próximos seis meses, visam evitar a propagação na China da também chamada “varíola dos macacos”.

Até à passada sexta-feira, 13 países em África registaram 17.541 casos e 517 mortes, sendo a República Democrática do Congo o país mais afetado com 16.789 casos e 511 mortes.