Assinala-se esta quinta-feira, 18 de maio, um ano desde que foram confirmados em Portugal os primeiros casos de infeção humana com o vírus Monkeypox, atualmente designado de Mpox. A “resposta nacional permitiu controlar o surto”, garante o Ministério da Saúde.
Numa altura em que a Organização Mundial de Saúde declarou já o fim desta emergência de âmbito internacional, o Ministério da Saúde salienta que o controlo desta epidemia só foi possível pela “pronta resposta a nível nacional, nomeadamente em termos de diagnóstico clínico e laboratorial da infeção, reforçando-se a cooperação entre os organismos do Ministério da Saúde e as associações de base comunitária”.
“Nesta emergência de saúde pública, sobre a qual inicialmente pouco sabíamos, o trabalho com as comunidades em maior risco e a rápida partilha de informação e boas práticas entre os países mais afetados foi crucial. Permitiu dar novos passos na preparação dos sistemas de saúde para a vigilância e intervenção face a doenças infeciosas emergentes, realidade que as alterações climáticas e maior circulação de pessoas torna hoje mais premente”, afirma a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares.
Portugal foi um dos primeiros países a detetar casos de Mpox. Tratando-se de um surto com características novas, “tornou-se necessário identificar os principais sintomas, período de incubação e vias de transmissão, de forma a informar e a definir medidas de prevenção e controlo eficazes”, lê-se em comunicado.
Ao longo do último ano, foram diagnosticados em Portugal 953 casos de Mpox, quase na totalidade em pessoas do sexo masculino. A partir de outubro os casos tornaram-se esporádicos, tendo sido diagnosticados 9 casos desde então, num total de 953 casos conhecidos em Portugal.
Fruto da rápida resposta e adesão da população, foi possível interromper as cadeias de transmissão, através do diagnóstico, sensibilização e, posteriormente, através da vacinação. Esta experiência em Portugal “foi mesmo destacada pela Organização Mundial de Saúde como um bom exemplo de como as autoridades de saúde devem trabalhar com a comunidade”.
Numa primeira fase, a vacina foi oferecida a pessoas que tinham tido contactado com alguém infetado, com posterior alargamento a outros indivíduos em maior risco. Até ao dia 12/05 foram vacinadas 3.554 pessoas, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo.
A promoção da vacinação dos grupos elegíveis continua a ser uma prioridade para o Ministério da Saúde, uma vez que o vírus permanece em circulação. A vacinação contra a Mpox está disponível em centros de saúde e associações de base comunitária, estando a informação disponível no site da Direção Geral da Saúde.
O Ministério da Saúde “agradece publicamente o trabalho da Direção Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, dos profissionais de saúde diretamente envolvidos na reposta à Mpox e das pessoas e associações da sociedade civil que contribuíram para o rápido conhecimento e controlo do surto em Portugal”.