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MS: Centros académicos clínicos são estratégicos para ensino e investigação

24 de Março de 2016

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse ontem, em Coimbra, que os centros académicos clínicos têm condições para se afirmarem e assumirem um papel estratégico no ensino e investigação em Portugal.

Há «condições para que os centros académicos clínicos se afirmem e se consolidem» como «um eixo estratégico que desenvolverá o ensino e a investigação em Portugal», afirmou o ministro, que falava na Universidade de Coimbra (UC), durante a tomada de posse dos órgãos do Centro Académico Clínico de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)/Universidade de Coimbra (UC).

Na sessão de tomada de posse da direção e do conselho estratégico do Centro Académico Clínico, que decorre na Sala do Senado da UC, também participou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

Adalberto Campos Fernandes salientou, citado pela “Lusa”, «a importância da aposta no modelo colaborativo entre hospitais de ensino e universidades, agregando, juntando, densificando, acabando com a separação errada entre serviço social de saúde, delimitação de cuidados e universidade».

Importa «retomar o espírito positivo dos ancestrais hospitais universitários, numa dimensão em que a medicina clínica se afirme também como medicina de base científica», sustentou o governante.

Sobre o centro de Coimbra, o ministro da Saúde afirmou ter a «profunda convicção» que ele se «afirmará como um exemplo de agregação de vontades, capaz de mobilizar os melhores recursos, as capacidades e inteligência, para garantir a afirmação da qualidade e do pioneirismo de Coimbra na liderança dos processos de transformação e inovação da saúde» em Portugal.

«Acreditamos que a experiência que poderá ser construída [com este consórcio] em Coimbra uma referência nacional e também europeia», afirmou, por seu lado, durante a mesma sessão, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O consórcio integra as faculdades de Medicina, de Farmácia e de Ciências e Tecnologia da UC e «poderá vir a integrar outras instituições públicas que, pela sua relevância, permitam desenvolver competências diferenciadas na dinamização da atividade assistencial, académica e de investigação», recordou o presidente do CHUC, José Martins Nunes.

O CHUC não é «apenas economia e finanças: é essencialmente um templo de cuidados de saúde, de ensino de investigação», sustentou o presidente deste centro hospitalar, que assegura «mais de 900 mil consultas», cerca de «300 mil urgências» e «mais de 65 mil cirurgias» por ano.

Destacando também o papel da Universidade de Coimbra na «vida e na história de Portugal», Martins Nunes defendeu que tanto ela como o CHUC «foram sempre – e querem continuar a ser – determinantes na vida do país, dando importantes contributos para o seu desenvolvimento e para a sua história, como agentes de mudança e garantia de progresso».